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Governo angolano vai pagar todo o dinheiro que deve à VAMED pela construção do Hospital Geral de Viana

VAMED GARANTE QUE RECEBERÁ TUDO QUANTO LHE É DEVIDO
A garantia foi dada ao Correio Angolense fonte da multinacional austríaca. No dia 12 de Abril, por ocasião da inauguração do Hospital Geral de Viana, o Titular do Poder Executivo imputou à construtora sobre-facturação da obra.
Fonte: Correio Angolense
Segundo ele, a construtora VAMED teria, unilateralmente, “engordado” os custos da empreitada em valores que dariam “para construir e equipar um hospital de raiz”.
De acordo com João Lourenço, a empresa austríaca não estaria a honrar os contratos, “porque estamos a ser solicitados um valor adicional muito acima daquele que contratualizado”.
Aos microfones da comunicação social, o Titular do Poder Executivo garantiu que Angola não vai pagar nem mais um centavo acima do que foi contratualizado com a VAMED.
“Os contratos são para ser respeitados. E é evidente que Angola não pode aceitar isso, uma vez que isso não aconteceu com mais ninguém e não vai acontecer agora. Nós não vamos deixar”.
Ao Correio Angolense fonte da VAMED mostrou-se tranquila e convicta de que o Governo angolano pagará tostão por tostão o que foi gasto na empreitada.
“Nós temos um nome e uma imagem a proteger no mercado mundial. Não levamos as nossas disputas em arenas públicas. Mas, posso garantir-lhe que seremos ressarcidos totalmente. Tostão por tostão”.
A fonte do Correio Angolense disse ter a certeza de que o Titular do Poder Executivo sabe “quem e de onde” partiu a pretensa sobrefacturação do Hospital Geral de Viana.
“Não se espere que a VAMED venha dirimir as suas diferenças com o Governo de Angola em praça pública. Não temos essa cultura. Dirimiremos as nossas diferenças em local apropriado”, assegurou a fonte.
No dia em que denunciou a sobrefacturação do Hospital Geral de Viana, baptizado com o nome de Emílio de Carvalho, Bispo Emérito da Igreja Metodista Unida de Angola, João Lourenço não fez nenhuma referência nem ao nome da empresa, que pretensamente estaria a exigir do Executivo “um valor adicional muito acima daquele que foi contratualizado” nem associou nenhum nome angolano à fraude.
Mas, é sabido que o Titular do Poder Executivo subdelegou na ministra da Saúde os procedimentos para a operacionalização do contrato por ajuste directo que concedeu à empresa austríaca.
A omissão do Presidente da República e da comunicação social pública quanto à identidade da empreiteira não será alheia às “impressões digitais” da ministra da Saúde no processo.
Sílvia Lutucuta é uma das auxiliares mais protegidas pelo Titular do Poder Executivo.
O apreço especial que o TPE tem pela ministra da Saúde não decorre apenas do seu desempenho profissional.
Sílvia Lutucuta é sobrinha de Jorge Valentim, que, por sua vez, foi afilhado de Sequeira Lourenço, o pai do Presidente João Lourenço.
Nos aposentos do casal presidencial, à Sílvia Lutucuta é dispensada tratamento geralmente reservado a afilhados benquistos.
A identidade de Sílvia Lutucuta também não foi exposta porque o negócio com a VAMED envolve também pesos pesados do inner circle presidencial.
Em paragens onde a transparência não é invocada só para efeitos de propaganda, a Procuradoria-Geral da República e a Inspecção Geral da Administração do Estado teriam entrado em campo “minutos” depois da grave denúncia do Presidente da República.
Porém, em Angola, tanto Hélder Pitta-Gróz quanto João Pinto ainda devem estar a avaliar os riscos de uma intervenção num assunto que envolve uma “afilhada” de João Lourenço e outros pesos pesados muito próximos de si.
A fonte do Correio Angolense assegurou que a bravata de João Lourenço não impedirá o Governo de pagar, integralmente, aquilo que o TPE classificou como “um valor adicional muito acima daquele que foi contratualizado”.
Se quisesse matar a cobra e exibi-la, bem como ao pau com que tirou a vida ao peçonhento animal, a inauguração da primeira fase do HGV teria sido seguida da imediata exoneração de alguns implicados na fraude.
Aparentemente, alguns nomes retiram movimentos à mão daquele que já foi classificado como implacável exonerador.