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Estado Islâmico reivindica a responsabilidade pelo ataque mortal em Moscovo

O Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo ataque mortal em Moscovo, noticiou hoje a AFP.

Isto pouco tempo depois de os serviços secretos ucranianos terem acusado Kremlin e os seus serviços secretos de orquestrarem o ataque mortal de hoje à noite, perto de Moscovo, para culpar a Ucrânia e justificar uma “escalada” da guerra, conforme também noticiou a AFP.

“O ataque terrorista em Moscovo foi uma provocação planeada e deliberada pelos serviços secretos russos sob as ordens de (Vladimir) Putin. O seu objetivo é justificar ataques ainda mais duros contra a Ucrânia e a mobilização total na Rússia”, asseguraram os serviços de informação militar ucranianos (GUR), acrescentando que o ataque “deve ser entendido como uma ameaça de Putin para escalar e prolongar a guerra”.

Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas na noite de hoje num ataque de homens armados numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, segundo o primeiro balanço das forças de segurança russas (FSB).

“O número preliminar do ataque terrorista no complexo Crocus (…) é neste momento de 40 mortos e mais de cem feridos”, disse o FSB, citado por agências russas.

A agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.

Vários outros meios de comunicação social russos relataram o tiroteio e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e unidades especiais da polícia acorrem ao local.

Prontamente, o ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, advertiu já que a Rússia “destruirá” os líderes ucranianos caso se confirme que são responsáveis pelo atentado terrorista numa sala de concertos nos subúrbios de Moscovo, embora Kiev já se tenha demarcado do sucedido.

“Se for estabelecido que são terroristas do regime de Kiev… todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade”, afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.