O líder da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) disse ontem que os sindicatos não vão aguardar por mais 45 dias para continuar a negociar com o Governo o caderno reivindicativo que foi entregue há seis meses.
Os sindicatos não se reveem no “acerto” saído da reunião hoje do Conselho Nacional de Concertação Nacional para voltarem à mesa de negociações dentro de 45 dias, afirmou o secretário-geral da CGSILA.
“Entregámos o caderno no dia 5 de setembro de 2023, estamos em março, estamos há mais de cinco meses desde que o caderno reivindicativo deu entrada e está na posse do Presidente da República. É um tempo demasiado, tanto para a resposta como para a negociação”, referiu Francisco Jacinto.
O sindicalista frisou que os períodos de negociações estão estabelecidos na lei, e “não podem ser ditados por qualquer pensamento, seja de um sindicato, muito menos de uma entidade patronal como o Executivo”.
A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, disse ontem que ficou deliberado que, nos próximos 45 dias, o grupo técnico que acompanha o salário mínimo nacional vai continuar a fazer os seus estudos do salário mínimo nacional.
“As associações sindicais não recebem imposições”, disse Francisco Jacinto, declarando que a atividade sindical é “independente”.
“Qualquer prazo que venha a ser alargado, como nós alargamos, tem que ser de boa vontade, tem que ser estipulado pelos trabalhadores e não por qualquer sugestão, qualquer pensamento de uma pessoa não sindical”, acrescentou.