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HomePOLÍTICAPresidente da Repúbloca defende cultura da Paz em África e diplomacia preventiva

Presidente da Repúbloca defende cultura da Paz em África e diplomacia preventiva

João Lourenço falava por ocasião da celebração do Dia da Paz e Reconciliação em África, que se assinala hoje, 31 de Janeiro. O Conselho de Paz e Segurança da União Africana realizou hoje uma sessão de trabalho, em formato virtual.

O Presidente da República de Angola, João Lourenço, tomou parte do evento por via
de uma mensagem audiovisual, atendendo à sua qualidade de Campeão da União
Africana para a Paz e Reconciliação em África. Essa comunicação constituiu o ponto
mais alto da comemoração, pela segunda vez, da efeméride.

Na mensagem com destinatário África [disponível nesta página], o Presidente JoãoLourenço observa que, no exercício das responsabilidades enquanto Campeão Africano para a Paz e Reconciliação, tem-se empenhado “na busca de soluções pacíficas para os diferentes conflitos que perduram em várias regiões do continente, encorajando permanentemente o diálogo e promovendo a consulta política como via para o reforço da confiança e para a construção de entendimento entre as partes desavindas”.

Segue-se, na íntegra, a Mensagem de Sua Excelência João Lourenço, Presidente da
República de Angola e Campeão Africano para a Paz e Reconciliação.

Irmãs e Irmãos Africanos

O nosso continente comemora hoje 31 de Janeiro de 2024, pela segunda vez, o Dia da
Paz e Reconciliação em África.

Trata-se de uma data de grande relevância, que nos impele a fazer uma reflexão sobre
o percurso feito até aqui e sobre o caminho que resta percorrer, na busca da
realização dos grandes objectivos da paz, da estabilidade e da reconciliação no
continente africano.

Em Maio de 2022 em Malabo, fui designado pela União Africana, Campeão para a Paz
e Reconciliação em África, tendo a partir dessa data passado a me dedicar com maior
empenho na resolução do conflito que se desenrola no Leste da RDC, bem como
contribuir na normalização das relações político-diplomáticas entre a República
Democrática do Congo e a República do Ruanda.

No exercício destas responsabilidades que me foram conferidas, tenho me
empenhado na busca de soluções pacíficas para os diferentes conflitos que perduram
em várias regiões do continente, encorajando permanentemente ao diálogo e
promovendo a consulta política como via para o reforço da confiança e para a
construção de entendimentos entre as partes desavindas.

Realço nesta data, a grande importância que deve passar a assumir para todos os
africanos e principalmente para os jovens, as iniciativas que levem à construção de
uma cultura de paz e se inclinem para a diplomacia preventiva, como vectores
insubstituíveis de prevenção de conflitos no nosso continente.

É dentro deste espírito que a República de Angola, procura dar a sua melhor
contribuição para a construção de uma cultura de paz, albergando a cada dois anos,
o Fórum Pan-africano para a Cultura de Paz e Não-Violência “Bienal de Luanda”, no
âmbito de uma parceria estabelecida entre o Governo angolano, a União Africana e a
UNESCO.
Em finais do ano transato, realizou-se em Luanda a terceira edição deste fórum, em
que participaram Chefes de Estado e de Governo, entidades políticas de diferentes
níveis e personalidades de distintos ramos da vida social, política e cultural dos
nossos países, para em conjunto abordarmos as questões relativas à promoção de
uma cultura de paz e não-violência em África.

Não temos outras opções que não sejam a da edificação da paz, da segurança e da
estabilidade, para cuidarmos da ingente tarefa que consiste na criação de condições
humanas e materiais, com o objetivo de promover o desenvolvimento económico e a
melhoria das condições de vida das nossas populações. Irmãs e Irmãos Africanos

É com profunda preocupação que constatamos existir um número crescente de focos
de tensão e conflitos intensos no nosso continente, como a guerra no Sudão e os
golpes de Estado na África Ocidental e Central, os quais têm dilacerado vidas
humanas e provocado a destruição da estrutura social e material das sociedades e
das famílias onde ocorrem essas disputas e criado instabilidade nos países limítrofes
e no continente em geral.

Os Governos, partidos políticos, organizações da sociedade civil e os cidadãos
africanos no geral, somos todos chamados a contribuir para a harmonia,
compreensão e sã convivência entre os povos e nações, tendo como meta a
construção de uma África unida, em paz e dedicada ao progresso e ao
desenvolvimento.

Enquanto Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação Nacional,
trabalharei sempre na busca de soluções que levem à conquista e preservação da paz,
da reconciliação nacional, da democracia e do respeito dos direitos humanos no nosso
continente.

Permitam-me expressar a todas as irmãs e irmãos africanos, a minha confiança num
futuro promissor de pleno resgate da dignidade dos povos de África, de prosperidade
e de progresso.

Desejo a todos um feliz Dia da Paz e de Reconciliação em África.

Viva a África!