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HomePOLÍTICAPedro Cachiungo busca esclarecimentos  do seu afastamento

Pedro Cachiungo busca esclarecimentos  do seu afastamento

O militante e ex-deputado à Assembleia Nacional pelo grupo parlamentar da UNITA, Estêvão José Pedro Cachiungo, pretende uma clarificação do Conselho Nacional da Jurisdição e Auditoria (CNJA) sobre o seu afastamento das fileiras do seu partido.

De acordo com a a fonte, David Mendes sai da TV Zimbo, a seu pedido, depois de três anos ininterruptos, onde fez parelha com os políticos e professores universitários, João Pinto, Bali Chionga, Laurindo Vieira( falecido há dias), vítima de assas. S
egundo uma deliberação do Conselho Nacional de Jurisdição e Auditoria, datada de 7 de Novembro do ano passado, contra o militante pendem acusações de violar os estatutos do partido (terá feito campanha eleitoral na Comunicação Social e nas redes sociais), a favor de um “partido oponente”.
Até ao momento, desconhece-se o designado “partido oponente” pelo CNJA, o que alimenta suspeições de haver uma perseguição interna contra Cachiungo por um grupo de principais colaboradores do novo líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, com quem está de costas viradas, admite fonte da UNITA e membro do Comité Permanente.

Numa carta dirigida ao CNJA, com cópias
à Comissão Política, ao Comité Permanente e ao presidente do partido, datada de 8 de Janeiro, cuja cópia tivemos acesso, solicita que lhe seja fornecido o duplicado de todo o processo que terá servido de base para a discussão, votação e deliberação da Comissão Política.

Cachiungo, que continua assumir-se como
militante e quadro da UNITA, pede também que lhe seja facultado a transcrição da acta da III Reunião Ordinária da Comissão Política, realizada em Luanda nos dias 3 e 4 de Novembro de 2022, em que consta o resultado da votação que ditou o seu
afastamento do partido. Pede ainda uma cópia da Resolução que serviu de base para que o CNJA considerasse o signatário que se encontrava em
cessação de filiação, lê-se numa das passagens da carta.

José Pedro Cachiungo diz que passados dois anos e cumprida a suspensão, não recebeu nenhuma informação, e foi surpreendido com o seu afastamento do partido. Aquando da sua expulsão, o Pungo a Ndongo contactou-o para pronunciar-se
sobre o assunto, mas evitou falar, alegando que fá-lo-ia no momento próprio, justificando que estava a tratar de questões pertinentes no Huambo, sua terra natal, onde reside.

A decisão de expulsar José Pedro Cachiungo foi tomada durante a III Reunião Ordinária da Comissão Política, realizada em Luanda, em resposta à solicitação feita pelo Conselho Nacional de Jurisdição e Auditoria sobre o caso.

Em Dezembro de 2019 José Pedro Cachiungo foi suspenso, ao passo que outros seis militantes foram
expulsos pelo CNJA por terem impugna do a reunião que tinha convocado o XIII Congresso Ordinário da UNITA, após de liberação do Tribunal Constitucional, do dia 7 de Outubro daquele ano. Percurso José Pedro Cachiungo, 58 anos, natural do município do Cachiungo, província do Huambo, entrou para a UNITA em 1976 onde ocupou vários cargos, entre os quais o de secretário provincial do seu Partido em Benguela e em Luanda, respectivamente, director do gabinete de Jonas Savimbi, líder fundador da UNITA, deputado por duas vezes à Assembleia Nacional e concorreu também por duas vezes à liderança da UNITA, tendo perdido para Isaías Samakuva, e depois para Adalberto Costa Júnior.

Além de político é professor universitário e lecciona a cadeira de Ciência Política em várias instituições do ensino superior em Angola. Mussokela, o mentor? Segundo a carta, José Pedro Cachiungo
antes de ser expulso foi suspenso por um período de dois anos, sob proposta do antigo secretário nacional da Organização, Diamantino Mussokola, quando decorria a I Reunião Ordinária da Comissão Política, realizada em Novembro de 2021, em
Luanda.

O pretexto da suspensão, segundo escreve na missiva, deveu-se por ter batido palmas durante a reunião, em solidariedade a alguns membros do partido que estavam a ser expulsos da sala, acusados de traição, por alegadamente terem escrito
uma carta ao Tribunal Constitucional, revelando assuntos internos.

Com o Jornal Pungo a Ndongo