Conforme antes noticiado, “Banco Sol Sofre o Maior Roubo do Século e os Verdadeiros Gatunos Continuam Soltos”.
Em instrução preparatória o Tesoureiro autor do maior roubo de todos os tempos na banca angolana, revelou que muitas vezes já havia avisado ao triunvirato Presidente da Comissão Executiva Dr. Paixão Franco, Administrador Gil Benchimol, o que mais pelouros chave ocupa e onde no fundo passa a maior parte dos dinheiros no Banco Sol (Direcção de Contabilidade, Direcção de Serviços Gerais, Direcção de Tecnologia e Sistemas de Informação, Gabinete de Segurança Cibernética, Gabinete de Compras), bem como a Admistradora Ana Kazumbula (Direcção de Mercados Financeiros, Direcção de Operações, Direcção de Banca Electrónica, Direcção de Tesouraria); disse o mesmo que nos seus alertas que não é de lei e norma bancária que os três elementos do Conselho de Administração orientassem por via telefónica e sem suporte documental algum, a retirada semanalmente da caixa forte de mais de 370.000.000,00 Kzs (Trezentos e Setenta Milhões de Kwanzas) e 300.000,00 Euros (Trezentos Mil Euros), sempre depois das 18:30 minutos num carro de marca Hyundai I10 pertença e conduzido pelo Chefe de Departamento de Contabilidade Edson Panzo, com destino “incerto”.
Se tivermos em conta que o ano possui 52 semanas, multiplicando o valor “roubado” semanalmente chegaríamos a uma cifra de 19.240.000.000,00 Kzs (Dezanove Mil Milhões e Duzentos e Quarenta Milhões de Kwanzas), por conseguinte o valor roubado em Euros equivalente a 15.600.000,00 (Quinze Milhões e Seiscentos Mil Euros), estes montantes somente no ano de 2023, todos estes valores foram subtraídos alegando supostas ordens superiores. Quando os assistentes na tesouraria questionavam o Tesoureiro, o mesmo ligava ao Administrador Gil Benchimol que para além de confirmar a tal “ordem superior”, ainda exigia que as notas em kwanzas deveriam ser somente as de 5.000,00. O motivo anterior foi o que inspirou também o Tesoureiro e outros seus comparsas a enveredarem pela mesma via.
Antes mesmo que tais práticas começassem a ter lugar, sob proposta dos administradores Gil Benchimol e Ana Kazumbula ao PCE Paixão Franco, foi revogada uma norma da Auditoria Interna que determinava que os valores da caixa forte deveriam ser contados e recontados mensalmente, mas esta prática passou a ser anual dando assim margem para que o trio fizesse e desfizesse com os dinheiros depositados na tesouraria central do Banco Sol como se fossem os donos e senhores do mesmo, desafiando assim as próprias normas de Auditoria, Compliance e Contabilidade, aliás estavam também arrolados, cúmplices e participavam do saque a Directora da Contabilidade Eva de Carvalho Morais e o Chefe de Departamento de Contabilidade Edson Panzo.
Narrado o anterior, o que se pode depreender é que todos estes roubos foram perpetrados com o aval do PCE Paixão Franco e os seus comparsas administradores, estes sim deveriam ser também detidos, por outro lado, o Tesoureiro Pires agora detido, diz ter informações comprometedoras e gravações de chamadas e mensagens que confirmam tudo aqui antes narrado.