A Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda – Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) dá 30 dias ao Governo de Angola para retirar as suas tropas de Cabinda.
Lusa
“As Forças Armadas de Cabinda (FAC) impõem um ultimato de 30 dias ao Governo do Presidente de Angola, João Lourenço para retirar a totalidade das suas tropas de Cabinda”, avisa a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda – Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) num comunicado veiculado pela agência portuguesa Lusa.
Denuncia ainda o que considera ser a “intransigência do Governo angolano, com a sua postura belicista” no território situado a norte do país.
“Para além deste período de 30 dias, as FAC vão intensificar as suas ações militares de grande envergadura contra os invasores angolanos em todo o território de Cabinda, para fazer valer os nossos direitos”, lê-se no referido comunicado. O documento reitera que “a autodeterminação pela independência é a única solução para Cabinda”.
O Estado-Maior General das FAC refere, no mesmo documento, que os seus militares, “em operação na região de Tando-Zinze, efetuaram com sucesso duas ações contra as posições das Forças Armadas Angolanas (FAA), provocando severas baixas ao ocupante”.
A FLEC-FAC revela que morreram nesta operação 25 soldados angolanos e seis oficiais superiores, um coronel, um major da polícia militar, três capitães e um tenente, adiantando que as FA) terão recuperado “armamentos deixados pelos soldados angolanos das FAA”.
O Governo angolano, segundo refere a Lusa, recusa normalmente reconhecer a existência de soldados mortos resultantes de ações de guerrilha dos independentistas, ou qualquer situação de instabilidade naquela província do norte de Angola, sublinhando sempre a unidade do território.