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Partidos que integram a CASA-CE formam nova aliança política

O Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA) e o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), ambos integrantes da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA- CE), vão formar uma nova aliança política com o Movimento de Unidade Nacional (MUN)

O memorando, que vai resultar numa tríplice aliança, será assinado neste Sábado, 24, numa das unidades hoteleiras da cidade de Luanda, e visa alicerçar uma nova força política aspirante ao poder com a junção destes partidos, sem que por isso devam sair necessariamente da CASA-CE, a que estão adstritos, apurou OPAÍS.

A fonte que confirmou essa informação esclareceu que o facto de estarem ligados à CASA-CE não é, por ora, garantia de algum sinal de desmembramento dessa força política sem representação parlamentar, na sequência dos resultados eleitorais de Agosto de 2022. De acordo com a fonte que vimos citando, esta tríplice aliança visa sobretudo criar uma força única mais forte, coesa e mais dinâmica, com vista aos próximos desafios eleitorais que se avizinham, mas não é ainda certeza de que seja um sinal de desmembramento da coligação eleitoral de que fazem parte.

“Ainda não sabemos. Estamos a trabalhar para fortificar os nossos partidos, que são livres, embora tenham vinculação directa com a CASA-CE. Tudo quanto sabemos é que a mesma CASA-CE pode mudar de designação e com isso pode também eventualmente mudar os propósitos pelos quais foi criada e não queremos ser pegos de surpresa”, salientou. O experimentado político disse ainda que o PDP-ANA, por exemplo, apenas conseguiu fazer eleger um único deputado na primeira legislatura, ao passo que PNSA e MUN com quem embarca nessa nova aliança, são dois entes que procuram igualmente fazer eleger representantes à Assembleia nacional.

Sem admitir à saída da CASA- CE, o nosso interlocutor reforçou que a iniciativa visa arranjar um bloco de solução, resgatando algumas forças políticas, assim como da sociedade civil, que não estejam integradas na Coligação Eleitoral, unindo-se o útil ao agradável. “Depois da hecatombe de 24 de Agosto, temos vindo a reflectir a nação. E notamos que a velocidade que trazíamos era pouca e precisamos de andar mais rápido. E no actual momento em que a CASA se encontra, houve a orientação de trabalharmos sozinhos e mostrarmos uma força mais capaz”, aponta.

É com base nesse espírito que surge a união dessas sinergias, que de igual modo estão a ser feitas por outras forças integrantes da CASA-CE, visando o mesmo resgate, para se tornarem mais fortes e unirem-se à CASA ou a outras formações que possam vir a surgir, mas que, por ora, interessa o fortalecimento desta tripla aliança. O nosso interlocutor salientou ainda que, à semelhança do que fez a UNITA, embora seja um partido grande e forte, que juntou o Bloco Democrático e membros da sociedade civil para formar a Frente Patriótica Unida (FPU) para o desafio de 2022.

É com essa mesma visão que formam essa aliança que pode ou não se manter na CASA-CE, esclareceu. Saliente-se que a Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE) é uma iniciativa política criada em 2012 pelo político Abel Chivukuvuku, entretanto afastado por divergências internas. Nas últimas eleições realizadas, não conquistou nenhum assento parlamentar, depois de nas anteriores em que participou (2012 e 2017), ter feito eleger oito e 16, respectivamente.

C/O PAÍS