Carlos Alberto Ramos, um cidadão angolano de 71 anos, está há 18 anos lutando para obter uma indemnização de 20 milhões de dólares após o Governo Provincial de Luanda expropriar sua residência de herança, localizada na Zona da Mutamba, para dar lugar à construção do Espaço Comercial Muxima Plaza, um empreendimento composto por habitação, escritórios e uma área comercial.
O drama da família começou em 2006, quando o governo anunciou verbalmente a expropriação do imóvel, alegando tratar-se de uma expropriação de utilidade pública. No entanto, ao longo dos anos, Carlos Ramos descobriu que a expropriação não havia sido realizada, mas sim uma requalificação do espaço, conforme informações obtidas em 2023. A falta de documentação formal e a ausência de um processo claro geraram indignação na família, que exige a compensação de acordo com o valor estipulado pela Justiça Angolana.
Apesar de várias tentativas de resolução, incluindo pedidos à Procuradoria Geral da República, Presidência da República e ao Tribunal Supremo, Carlos Ramos e seus familiares ainda não receberam a indemnização devida. O processo judicial continua em trâmites, e a família agora recorre ao Tribunal Constitucional, após o desaparecimento de documentos essenciais no Tribunal Supremo.
Carlos Ramos, em busca de justiça, tem protestado publicamente e solicita a intervenção do Presidente da República para que seja alcançado um acordo justo e a compensação adequada. Ele afirma que o Estado se apoderou de seu imóvel de maneira irregular, beneficiando empresas privadas como Prominvest e outras entidades, sem lhe oferecer qualquer compensação ou solução.
A família aguarda ansiosamente por uma resolução do caso, que já se arrasta por quase duas décadas.