A Autoridade Palestiniana exigiu hoje que a ONU declare oficialmente que a Faixa de Gaza está em situação grave de fome e acusou Israel de usar o bloqueio de bens essenciais e a fome como política de genocídio.
by: Adriano Kayunduma
O Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano denunciou, através de um comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter), que a fome faz parte da política de Israel e pediu às Nações Unidas que declarem oficialmente que a Faixa de Gaza sofre uma situação de grave fome devido “à guerra genocida e ao bloqueio” imposto pelo Governo de Telavive.
Ao mesmo tempo, o ministério apelou para que as Nações Unidas responsabilizem Israel pela situação e ponham em marcha, o mais rapidamente possível, medidas para reverter o cenário.
“O Estado ocupante pretende exterminar o nosso povo, não só através de brutais bombardeamentos, destruições, assassinatos e execuções diretas, mas também através do extermínio pela fome”, denunciou a Autoridade Palestiniana. “Israel é um Estado de ocupação, bloqueio e ‘apartheid’, responsável por todas as formas de genocídio cometidas contra o nosso povo, incluindo a fome”, reiterou.
A mesma fonte lembrou que existem vários relatos de organizações internacionais que têm feito eco desta situação, manifestando a sua preocupação com a grave escassez de recursos e alimentos na Faixa de Gaza desde o início dos bombardeamentos israelitas.
“Mais de meio milhão de pessoas estão a morrer à fome”, sublinhou.
Na semana passada, a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW) também acusou o Governo de Israel de “utilizar a fome de civis como método de guerra” na Faixa de Gaza ocupada, alertando que a prática constitui crime de guerra.
Fonte: Lusa