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Guerra em Israel: 76 pessoas da mesma dizimada em ataques israelitas na faixa de Gaza

As autoridades do Hamas comunicaram fortes bomesma família dizimados num bombardeamento israelita em Gaza.  Os ataques israelitas e os combates terrestres prosseguiram no sábado na Faixa de Gaza, depois do voto de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que aprovou mais ajuda ao território, sem um apelo ao cessar-fogo.
Já o exército de Israel informou este sábado que “eliminou 8.000 terroristas filiados no Hamas e na Jihad Islâmica Palestiniana na Faixa de Gaza desde 7 de outubro”.

Num comunicado, o Hamas diz ter perdido o contacto com um grupo responsável por cinco reféns israelitas – entre eles, Chaim Peri, Yoram Metzger e Amiram Cooper – e diz recear que os reféns, tal como os seus carcereiros, tenham sido mortos num bombardeamento. Por seu lado, o exército de Israel anunciou que foram mortos cinco soldados em Gaza, desde sexta-feira.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram imagens de vídeo que indicam que, nas últimas semanas, as suas tropas conduziram atividades operacionais na zona de Issa, na parte sul da cidade de Gaza, destruindo túneis e numerosos edifícios utilizados como quartéis-generais do Hamas.

Na sexta-feira, os ataques aéreos israelitas arrasaram duas casas, uma na cidade de Gaza e outra no campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território.

Família inteira dizimada

O ataque na cidade de Gaza matou cerca de 90 pessoas, 76 das quais pertenciam à família al-Mughrabi, o que o torna este num dos ataques mais mortíferos da guerra, disse Mahmoud Bassal, porta-voz do departamento de Defesa Civil de Gaza. Entre os mortos estão Issam al-Mughrabi, um veterano funcionário do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, a sua mulher e os seus cinco filhos.

Também na sexta-feira, um ataque pulverizou a casa de Mohammed Khalifa, um jornalista da televisão local, em Nuseirat, matando-o a ele e a pelo menos 14 outras pessoas, de acordo com funcionários do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, nas proximidades, para onde os corpos foram levados. No sábado, as pessoas rezaram as orações fúnebres no pátio do hospital, enquanto as equipas de salvamento continuavam a procurar sobreviventes. As pernas de pelo menos dois corpos foram vistas sob o que parecia ser um telhado desmoronado.

Pelo menos 201 pessoas morreram em Gaza no espaço de 24 horas e 368 ficaram feridas devido à continuação dos ataques israelitas no enclave, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. O novo balanço eleva para 20.258 o número de mortos em Gaza desde o início da guerra e para 53.688 o número de feridos.

ONU continua a alertar para a terrível situação humanitária, uma vez que “quatro em cada cinco das pessoas com mais fome em todo o mundo estão em Gaza”, afirmou o secretário-geral António Guterres.