O governo, através do ministro da Educação, Fernando Alexandre, anunciou uma melhoria significativa na proposta de apoio financeiro aos professores deslocados, com valores que podem atingir os 450 euros. Esta nova medida visa atrair docentes para regiões onde há carência de profissionais, garantindo que os alunos tenham o acesso necessário à educação.
Na proposta revisada, o apoio mínimo será de 150 euros para professores que lecionam a uma distância de 70 a 200 km de sua residência. Já para aqueles que estão a mais de 200 km de casa, o valor sobe para 300 euros. O subsídio máximo, de 450 euros, será destinado aos docentes deslocados para mais de 300 km de sua residência.
Este aumento de 50% em relação à proposta inicial foi apresentado como uma medida essencial para tornar mais atrativas as posições de ensino em áreas com maior necessidade de professores.
Além de abranger distâncias maiores, a proposta agora beneficia todos os professores deslocados, independentemente da disciplina que lecionam. Esta mudança surge após várias rodadas de negociações entre o governo e os sindicatos, que têm pressionado por melhores condições para os docentes que precisam se deslocar longas distâncias para trabalhar.
O Ministério da Educação está empenhado em aprovar a medida o mais rápido possível. Após negociações recentes, as organizações sindicais têm até terça-feira para apresentar suas considerações sobre o diploma e o concurso de vinculação extraordinário. O objetivo é que estas propostas sejam aprovadas pelo Conselho de Ministros já nesta quarta-feira.
Fernando Alexandre destacou que, embora as medidas não resolvam os problemas estruturais enfrentados pela educação, representam um passo importante para tornar as posições de ensino mais atrativas e assegurar que as vagas sejam preenchidas.
O ministro da Educação também revelou que está agendada uma nova reunião com os representantes dos professores para o dia 21 de outubro. O foco desta reunião será o início das negociações para a revisão da carreira docente, uma demanda antiga da classe.
Esta nova etapa de diálogo entre o governo e os sindicatos promete trazer avanços importantes para a valorização da carreira dos professores e a melhoria das condições de trabalho, especialmente para os docentes que precisam se deslocar longas distâncias.
Com Lusa