Mahama sublinhou que a Alemanha é mais do que um parceiro económico, considerando-a “um país amigo” e um aliado estratégico em várias frentes de desenvolvimento. O Presidente do Gana aproveitou o encontro para defender novas formas de migração legal, que possam evitar que jovens africanos arrisquem a vida em travessias perigosas rumo à Europa.
“Acreditamos que acordos bilaterais que permitam aos jovens qualificados trabalhar com contratos fixos na Europa são o melhor caminho. Isso garante rendimentos dignos e o retorno de competências ao nosso país”, afirmou Mahama.
Por sua vez, Frank-Walter Steinmeier destacou as reformas alemãs em matéria de imigração de profissionais qualificados, dizendo que a nova lei alemã abre oportunidades concretas para trabalhadores estrangeiros. O líder alemão frisou ainda que a relação entre os dois países vai muito além do setor económico, abrangendo a ciência, a educação e a saúde.
Durante a visita, Steinmeier anunciou o reforço da cooperação académica entre o Gana e instituições alemãs. O Serviço Alemão de Intercâmbio Académico (DAAD) apoiou, apenas no último ano, cerca de 1.500 estudantes e investigadores ganeses, um número que o Presidente considera “um sinal positivo do interesse e da confiança dos jovens ganeses na Alemanha”.
Esta terça-feira (04.11), Steinmeier visita Kumasi, a segunda maior cidade do país, onde irá conhecer o Instituto Técnico e o Centro de Pesquisa Colaborativa, que desenvolve projetos de formação científica com apoio alemão.
Depois de concluir a agenda no Gana, o Presidente alemão parte para Angola, naquela que será a sua primeira visita oficial ao país como chefe de Estado. A última deslocação de Steinmeier a Angola ocorreu em 2014, quando ainda era ministro dos Negócios Estrangeiros. Na época, já destacava o “grande potencial” angolano — uma visão que, segundo afirmou agora, continua atual onze anos depois.
