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Pedro Sánchez apela à união da América Latina contra a extrema-direita durante cimeira no Chile

by Marcelino Gimbi

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, defendeu esta segunda-feira, 21 de julho, uma resposta firme e coordenada contra a ascensão da extrema-direita, durante a sua intervenção no fórum internacional Democracia Sempre, realizado em Santiago do Chile.

A iniciativa, organizada pelo presidente chileno Gabriel Boric, reuniu líderes de vários países da América Latina, entre os quais o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o colombiano Gustavo Petro, além de representantes da sociedade civil e especialistas internacionais.

Num discurso incisivo, Sánchez alertou para o que classificou como uma “ameaça real” à democracia global, representada por uma “coligação de interesses entre oligarcas e extrema-direita”, presente tanto nas Américas como na Europa. O chefe do governo espanhol apelou aos líderes progressistas latino-americanos para que “passem à ofensiva” e não cedam espaço às forças antidemocráticas.

O primeiro-ministro destacou ainda o impacto das “mentiras internacionais” e do “ódio digital” disseminados através das redes sociais, pedindo um combate urgente à desinformação, aliado ao reforço das instituições democráticas e à redução das desigualdades. Sánchez anunciou também que Espanha acolherá a próxima edição do fórum, reforçando o compromisso com a agenda democrática internacional.

O presidente chileno Gabriel Boric alertou que as ameaças à democracia moderna são mais sofisticadas, incluindo desinformação, extremismo, corrupção e desigualdade. Já Lula da Silva apelou a “ações concretas e urgentes” para enfrentar uma “nova ofensiva antidemocrática” e defendeu maior união entre os governos progressistas.

Por sua vez, Gustavo Petro, presidente da Colômbia, salientou que os participantes aprofundaram o debate sobre desafios centrais como a crise climática, a inteligência artificial, a paz global e a defesa das liberdades fundamentais.

O fórum contou com mais de 300 representantes da sociedade civil chilena e com a presença de figuras como o Prémio Nobel da Economia Joseph Stiglitz, a filósofa Susan Neiman e o economista sul-coreano Ha-Joon Chang. A iniciativa surgiu após um encontro preliminar realizado na Assembleia Geral das Nações Unidas no ano passado, promovido por Sánchez e Lula da Silva.

A visita ao Chile marca o início de uma viagem de Pedro Sánchez pela América Latina, com o objetivo de reforçar as relações entre a União Europeia e a região, e de promover o acordo UE-Mercosul.

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