O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou um novo desembolso de 6,5 milhões de dólares à Guiné-Bissau, após concluir a oitava revisão do programa de assistência financeira ao país, no âmbito da Facilidade de Crédito Alargada (ECF). Com este novo aporte, o total de recursos já disponibilizados pelo FMI atinge aproximadamente 48,1 milhões de dólares.
De acordo com o comunicado divulgado pela instituição, a economia guineense apresentou um desempenho misto, tendo cumprido a maioria das metas estabelecidas: sete dos nove critérios quantitativos e três dos quatro objetivos estruturais para o final de 2024 foram atingidos.
O FMI projeta um crescimento económico de 5,1% para 2025, acompanhado de uma taxa de inflação de cerca de 2%. As autoridades do país comprometeram-se a atingir um défice fiscal de 3,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano, como forma de garantir uma trajetória sustentável para a dívida pública.
Apesar do contexto económico aparentemente promissor, o Fundo alerta para riscos internos e externos, especialmente diante de um ambiente político frágil e de limitações na capacidade institucional do país. Embora o impacto direto das tensões comerciais globais na Guiné-Bissau seja considerado limitado, o FMI destaca que o cenário eleitoral e a instabilidade sociopolítica representam fatores de preocupação.
O programa financeiro em vigor teve início em janeiro de 2023, com um montante inicial de cerca de 37,8 milhões de dólares. Em novembro do mesmo ano, o Conselho do FMI autorizou um aumento de 40% no acesso aos fundos, refletindo o reforço do apoio internacional ao esforço de estabilização económica da Guiné-Bissau.
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