Na cidade austríaca de Graz, a dor e o luto tomaram conta da população após um tiroteio devastador numa escola secundária. O ataque, que ocorreu na manhã de terça-feira, 10 de junho de 2025, deixou 10 mortos e vários feridos. O autor, um ex-aluno de 21 anos, tirou a própria vida após cometer o crime.
Em resposta à tragédia, centenas de pessoas se reuniram numa missa e numa vigília à luz de velas em memória das vítimas. A cerimónia aconteceu na Catedral de Graz e contou com a presença de várias autoridades nacionais, incluindo o chanceler Christian Stocker, o vice-chanceler Andreas Babler e a ministra dos Negócios Estrangeiros, Beate Meinl-Reisinger.
“Estou com eles, sinto por eles”, disse Elisabeth Schuster, uma das residentes que participaram da vigília. Como muitos outros, ela expressou choque e solidariedade com os familiares e amigos das vítimas. “Espero que juntos possamos encontrar uma forma de impedir que algo assim se repita”, acrescentou.
O ataque aconteceu por volta das 10h da manhã, quando disparos foram ouvidos na escola BORG Dreierschützengasse, localizada a cerca de um quilômetro do centro histórico da cidade. As forças especiais foram imediatamente acionadas, e mais de 300 agentes da polícia ajudaram a evacuar os alunos e garantir a segurança do local, restabelecida em apenas 17 minutos.
De acordo com o ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, o jovem responsável pelo ataque estudou na mesma escola, mas nunca chegou a concluir os estudos. Ele estava legalmente na posse de uma pistola e de uma caçadeira — as armas utilizadas no massacre.
Segundo informações preliminares, o jovem enviou um vídeo e uma carta de despedida à sua mãe, aparentemente anunciando o crime. A mãe teria alertado as autoridades, mas quando a polícia foi informada, o ataque já estava em curso.
A imprensa local relatou que o agressor era uma pessoa introvertida, descrita por vizinhos como alguém reservado, que pouco interagia com outros. Não tinha antecedentes criminais, e embora haja especulações sobre possíveis episódios de bullying no passado, a nota de suicídio não trouxe explicações claras sobre a motivação por trás do ato.
No centro da cidade, a população continua a prestar homenagens com flores e velas, num gesto de dor e união. O país inteiro está em luto, tentando entender e superar uma tragédia que abalou não só uma escola, mas toda uma nação.