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Trump declara guerra a Harvard: Cortes milionários e retaliações contra a Universidade

by REDAÇÃO

A administração Trump intensificou o embate com Harvard, a universidade mais antiga e rica dos Estados Unidos, ao ordenar o cancelamento de contratos federais no valor de cerca de 100 milhões de dólares com a instituição. A decisão, comunicada por carta enviada pela Administração de Serviços Gerais, obriga agências federais a rever e, se possível, substituir acordos vigentes com Harvard.

Entre os contratos afetados estão projetos de investigação científica, formação de executivos para o Departamento de Segurança Interna e estudos sobre impactos de bebidas energéticas na saúde. Cerca de 30 contratos com nove agências federais estão sob revisão.

Embora os contratos não tenham sido suspensos de imediato, as agências foram instruídas a criar planos de transição. Harvard, por sua vez, já enfrenta reduções drásticas em bolsas de investigação — mais de 2,6 mil milhões de dólares — e ameaças ao seu estatuto de isenção fiscal.

Desde abril, Harvard tem resistido às pressões da Casa Branca para mudar sua estrutura de liderança e critérios de admissão. A universidade entrou com uma ação judicial contra a administração, provocando retaliações imediatas.

Donald Trump acusou publicamente Harvard de ser um “viveiro de liberalismo e antissemitismo” e foi mais longe: ameaçou cortar “mais 3 mil milhões de dólares” em subsídios federais, redirecionando-os para escolas comerciais — embora sem esclarecer como ou para onde exatamente.

Outro foco da ofensiva presidencial são os “estudantes internacionais”. Trump exigiu que Harvard entregasse “listas detalhadas” desses alunos, sugerindo, sem provas claras, que alguns seriam “lunáticos radicalizados” e “desordeiros”. A universidade forneceu documentos, mas o Departamento de Segurança Interna considerou a resposta “insuficiente” e tentou “revogar a autorização da instituição para admitir estrangeiros”. A medida foi suspensa por um juiz federal após nova ação judicial.

O caso já gerou repercussão global. O governo do Japão anunciou que está a preparar “apoio para os estudantes estrangeiros” afetados pelas sanções, e universidades em países como “Hong Kong e Japão” estudam acolher temporariamente alunos de Harvard.

Entre os estudantes, o clima é de tensão, mas também de orgulho. Carson Durdel, aluno da faculdade de Direito, disse que Harvard está certa em manter sua independência:

“É isso que faz dos EUA um farol para o mundo. Cortar isso é um erro de visão de curto e longo prazo.”

A cruzada de Trump contra Harvard parece ultrapassar o campo das políticas educacionais. Trata-se de uma estratégia com fortes ” componentes ideológicos e eleitorais”,  buscando minar o prestígio de uma das instituições mais influentes do país. No entanto, o impacto já começa a ultrapassar fronteiras, atingindo estudantes internacionais e projetos científicos estratégicos.

A pergunta que fica: **até onde irá este conflito — e quem, de fato, sairá prejudicado?**

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