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Tensão na sala Oval: Trump confronta Ramaphosa com vídeos sobre agricultores brancos

by REDAÇÃO

Washington — Um encontro que deveria fortalecer relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a África do Sul acabou se transformando em um momento de alta tensão na Casa Branca. O ex-presidente americano Donald Trump recebeu o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa para discutir cooperação bilateral, mas o diálogo rapidamente saiu dos trilhos.

Durante a reunião, que aconteceu na Sala Oval, Trump surpreendeu Ramaphosa ao exibir um vídeo que alegadamente mostrava um cemitério de agricultores brancos, sugerindo que estariam sendo vítimas de perseguição violenta na África do Sul.

“É uma cena horrível, nunca vi algo assim”, comentou Trump, ao mostrar o material.

Diante da acusação, Ramaphosa manteve a calma e questionou o ex-presidente:

“O senhor sabe onde esse vídeo foi gravado, Sr. Presidente?”
Trump admitiu que não, mas insistiu que o cenário era sul-africano.

Segundo o jornal The New York Times, o momento foi descrito como uma espécie de “armadilha” montada por Trump, que teria criado um ambiente hostil intencionalmente. Fontes ouvidas pela publicação relataram que o ex-presidente pouco interagiu com Ramaphosa após o ocorrido, limitando-se a interrompê-lo e acusá-lo de estar por trás de uma suposta campanha contra a minoria branca do país.

“Estão tirando as terras das pessoas”, acusou Trump, sugerindo que brancos estariam sendo executados sistematicamente — uma afirmação que não conta com comprovação factual.

Funcionários da Casa Branca teriam sido pegos de surpresa com a atitude de Trump. De acordo com relatos internos, nenhuma das autoridades americanas sabia que o encontro tomaria um rumo tão delicado ou que Trump iria confrontar o líder africano com acusações tão graves.

As alegações de “genocídio branco” teriam sido alimentadas por empresários sul-africanos do setor de tecnologia, insatisfeitos com mudanças nos incentivos fiscais implementadas pelo governo de Ramaphosa. No entanto, não há qualquer evidência que comprove as acusações levantadas durante o encontro.


Fonte: Lusa, New York Times

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