RTP denuncia expulsão de equipa jornalística da presidência angolana com veemente repúdio

A RTP tornou pública uma nota de protesto nesta quarta-feira (14) em reação à expulsão de sua equipa de reportagem que se encontrava na sede da presidência de Angola. A emissora portuguesa expressou profunda preocupação com o incidente, classificando a ação como uma clara afronta à liberdade de imprensa.

O documento, enviado diretamente à Presidência e ao Governo angolano, é assinado por representantes máximos das áreas de informação da RTP: António José Teixeira (televisão), Mário Galego (rádio) e Isabel Silva Costa (RTP África).

Segundo a nota, os jornalistas da RTP estavam no Palácio da Cidade Alta para cobrir um evento oficial, devidamente credenciados e no pleno exercício de suas funções. No entanto, foram retirados da sala de imprensa de forma arbitrária e discriminatória, enquanto profissionais de outros meios de comunicação puderam permanecer.

Além disso, a emissora relatou ter sido removida do grupo oficial de WhatsApp do Centro de Imprensa da Presidência, canal utilizado para a comunicação institucional com os órgãos de imprensa autorizados.

Para a RTP, essa exclusão revela uma tentativa preocupante de restringir o acesso à informação e de silenciar a cobertura jornalística em um país que afirma respeitar os princípios democráticos. A emissora reforça solidariedade à sua equipa e exige a restituição imediata das condições necessárias ao exercício profissional dos seus repórteres.

“O respeito pelos direitos dos jornalistas e o fim de práticas de exclusão política são indispensáveis para garantir o acesso à informação de interesse público”, enfatiza o texto.

A nota termina com uma afirmação contundente: “A liberdade de imprensa não é uma concessão. É um direito fundamental em qualquer democracia.”