Uma embarcação da “Flotilha da Liberdade”, que transportava ajuda humanitária para Gaza, foi atingida por um ataque de drone nas proximidades da costa de Malta, segundo informou o movimento internacional Codepink, conhecido pela sua atuação em defesa da paz e da justiça social.
A bordo do navio estavam 12 membros da tripulação e quatro civis, que, felizmente, não sofreram ferimentos. No entanto, o incidente deixou a embarcação seriamente danificada e em risco de afundamento, uma vez que o gerador foi atingido e o navio ficou à deriva.
Charlie Andreasson, ativista com longa trajetória na Flotilha da Liberdade, afirmou à Associated Press que conversou com pessoas que estavam no navio no momento do ataque. De acordo com os relatos, duas explosões foram ouvidas, seguidas de um incêndio a bordo.
Até o momento, o exército israelita não se pronunciou sobre o ocorrido, mesmo diante dos questionamentos da imprensa internacional. O ataque acontece num contexto delicado, já que, nos últimos dois meses, Israel bloqueou completamente o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, agravando o que já é considerada a pior crise humanitária dos últimos 19 meses de conflito.
A situação remete ao trágico episódio de 2010, quando o navio turco Mavi Marmara, também parte de uma missão humanitária à Gaza, foi invadido por forças israelenses, resultando na morte de nove ativistas. Aquele incidente teve repercussões diplomáticas sérias, provocando o rompimento temporário das relações entre Israel e a Turquia.
Enquanto os civis a bordo estão fora de perigo, a missão humanitária enfrenta agora mais um obstáculo dramático. O caso reacende o debate internacional sobre os bloqueios em Gaza e o direito das organizações civis de prestarem assistência em zonas de conflito.