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Por Que Marcos Nhunga Continua Protegido por João Lourenço? “A memória de Malanje um grito de revolta”

Em Malanje, a realidade cotidiana de muitos moradores é marcada pela falta de infraestrutura básica, como ruas esburacadas, bairros mergulhados na escuridão e a ausência de serviços essenciais. A província, que conta com uma dotação orçamental de 259.740.561.952,00 kwanzas no OGE 2025 — um valor que corresponde a apenas 0,75% do orçamento nacional — tem visto poucos de seus programas saírem do papel, apesar da abundância de projetos planejados.

À frente dessa gestão está Marcos Alexandre Nhunga, governador da província, que tem sido alvo de críticas crescentes, até mesmo dentro do seu próprio partido, o MPLA. No entanto, apesar da pressão popular e interna, Nhunga permanece no cargo, protegido por uma figura poderosa: o Presidente João Lourenço. A pergunta que surge é: por que alguém tão criticado continua a ser mantido em sua posição?

A gestão de Marcos Nhunga em Malanje é amplamente considerada como ineficaz, sem impacto real na vida dos cidadãos locais. A falta de confiança por parte da população é evidente, e até mesmo dentro dos círculos do MPLA, sua liderança é questionada. A província, que tem se tornado cada vez mais dissidente em relação ao partido, perdeu dois deputados nas últimas eleições, reduzindo sua representação para apenas três parlamentares. As previsões indicam que essa perda pode continuar, algo que seria inédito desde a institucionalização da República de Angola.

Porém, mesmo diante de uma gestão ineficaz e do descontentamento popular, Marcos Nhunga segue sendo mantido no poder. O que protege este governador de uma possível exoneração por parte do Presidente João Lourenço?

A memória política de Malanje é marcada por episódios de rejeição e protestos populares contra a liderança do governo central. Um exemplo notável ocorreu em 2002, quando o então Presidente José Eduardo dos Santos foi recebido com protestos violentos durante uma visita à província. A multidão atirou pedras na tribuna presidencial, e o então governador Flávio João Fernandes foi impedido de discursar. A multidão, em um ato de desespero e indignação, gritou por um novo rumo, pedindo que o Presidente levasse consigo o seu “cágado” — um apelido depreciativo usado para se referir ao governador da época. Esse episódio ficou gravado na memória política de Malanje como um grito de uma província esquecida e negligenciada.

Mais de duas décadas depois, a realidade de Malanje permanece a mesma: falta de desenvolvimento local, infraestrutura precária e uma sensação de abandono por parte dos governantes. Isso só aumenta a frustração da população, que continua esperando por líderes comprometidos com o progresso da região.

Marcos Nhunga, natural de Cabinda, já enfrentava desgaste político em sua terra natal antes de ser transferido para Malanje. Ele governou Cabinda entre 2019 e 2022, mas sua gestão não foi bem recebida, e o desgaste já estava evidente. Ao assumir a governadoria de Malanje, sua chegada não foi acompanhada de entusiasmo popular. Pelo contrário, a sua administração tem sido criticada como desorganizada e desconectada da realidade da população.

Até mesmo militantes históricos do MPLA têm demonstrado perplexidade quanto à decisão de João Lourenço de manter figuras com baixa aceitação popular à frente de províncias como Malanje. A escolha de Lourenço em proteger figuras como Nhunga tem gerado questionamentos sobre os reais motivos por trás dessa proteção, especialmente considerando a crescente insatisfação com sua gestão.

O grande mistério que paira sobre a política de Malanje e sobre a manutenção de Marcos Nhunga no poder é simples: por que ele continua protegido por João Lourenço? Embora a resposta pareça óbvia para alguns, a falta de transparência e clareza sobre os motivos dessa proteção gera uma sensação de desconfiança entre a população e dentro do próprio partido.

Malanje, assim como outras províncias do país, precisa de liderança comprometida com o desenvolvimento local e com a melhoria das condições de vida de seus habitantes. No entanto, enquanto figuras como Marcos Nhunga permanecem no poder sem conseguir conquistar a confiança popular, a província continuará à deriva, esperando por uma mudança real na sua administração.

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