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PSD ganha Eleições na Madeira e fica a um Deputado da maioria absoluta

O Partido Social Democrata (PSD) conquistou, mais uma vez, a vitória nas eleições regionais da Madeira, mantendo sua histórica dominância política na região. Esta vitória reforça o papel do PSD como o único partido a ter vencido todas as eleições regionais desde o início da democracia portuguesa na Madeira, em 1976. O resultado reflete a força política contínua do partido na região autónoma, que tem sido um bastião da centro-direita por décadas.

De acordo com os resultados finais, o PSD alcançou 43,43% dos votos, o que lhe garantiu a eleição de 23 deputados na Assembleia Legislativa da Madeira, ficando a apenas um mandato de alcançar a maioria absoluta dos 47 assentos. Comparado com as eleições de 2024, o PSD aumentou sua votação em 7%, conquistando mais quatro deputados, o que reflete um crescimento considerável na base de apoio.

O presidente demissionário da Madeira, Miguel Albuquerque, foi o primeiro candidato a ser eleito para o parlamento madeirense, consolidando ainda mais sua posição como líder político da região, apesar das investigações judiciais que envolveram o seu nome. A sua candidatura é vista como a tentativa de resolver a instabilidade política que o arquipélago vivia nos últimos tempos.

O Juntos Pelo Povo (JPP) surpreendeu ao alcançar 21,05% dos votos, superando o Partido Socialista (PS), e conquistando 11 deputados. Este resultado é uma demonstração da crescente influência do JPP na política regional, desafiando o domínio tradicional do PS.

O PS, por outro lado, foi o grande derrotado destas eleições, alcançando apenas 15,64% dos votos e elegendo oito deputados, uma perda significativa de três mandatos em relação às últimas eleições. Esta queda reflete a perda de apoio popular ao partido que tem sido tradicionalmente a principal oposição ao PSD.

Já o Chega também viu uma queda significativa em relação a 2024, obtendo apenas 5,47% dos votos e conseguindo eleger três deputados. O CDS-Madeira, que anteriormente tinha dois representantes, perdeu um deles, conquistando apenas 3% dos votos. Apesar disso, o CDS poderá ainda contribuir para a estabilidade do governo regional, caso se coligue com o PSD.

A Iniciativa Liberal conseguiu eleger um deputado, enquanto o Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) perdeu sua representação na Assembleia Legislativa da Madeira. Outras formações políticas, como a CDU e o Bloco de Esquerda, ficaram novamente de fora da composição do parlamento madeirense.

A taxa de abstenção nas eleições foi de 44,02%, ligeiramente inferior à de 46,60% das últimas eleições. Isso indica uma leve recuperação na participação dos eleitores, mas a abstenção continua a ser um desafio para os partidos políticos, especialmente em um cenário de crescente desconfiança em relação à classe política.

O PSD tem dominado o governo regional da Madeira de forma ininterrupta desde 1976, logo após a Revolução dos Cravos. Entre 1978 e 1995, o partido foi liderado pelo histórico Alberto João Jardim, uma figura central na política madeirense, que também chefiou o governo regional até 2015. Desde então, Miguel Albuquerque assumiu a liderança, governando a região com um estilo pragmático, embora com algumas controvérsias, como as investigações judiciais que marcaram a sua gestão.

Estas eleições foram convocadas após uma moção de censura apresentada pelo Chega, que apontou investigações envolvendo membros do governo regional, incluindo o próprio Albuquerque, como uma das razões para a crise política. Apesar disso, Miguel Albuquerque manteve sua popularidade e conseguiu liderar o PSD a mais uma vitória, com a ambição de alcançar uma maioria absoluta que lhe permita governar sem depender de coligações.

Durante a jornada eleitoral, vários candidatos fizeram apelos à participação, ressaltando a importância do voto para o futuro da região. O líder do PS, Paulo Cafôfo, incentivou os madeirenses a comparecerem às urnas, destacando o “dia bonito de sol” como uma oportunidade para reforçar a democracia. O representante da República na Madeira, Irineu Barreto, também se pronunciou sobre a importância do voto, afirmando que estava preparado para qualquer resultado eleitoral.

Com mais uma vitória do PSD, a Madeira continua a ser uma fortaleza política para o partido de centro-direita. Embora a maioria absoluta tenha escapado por um mandato, a possibilidade de coligações, especialmente com o CDS-Madeira, pode permitir que Miguel Albuquerque forme um governo estável e continue a governar a região. A evolução do JPP e o declínio do PS refletem mudanças no panorama político regional, e a expectativa é de que as negociações pós-eleitorais sejam cruciais para o futuro político da Madeira.