No Bairro Estalagem, localizado no Município de Viana, os moradores estão cada vez mais frustrados com o estado de degradação da via que conecta a Escola 8 ao Mercado da Madeira, popularmente conhecida como a “Rua dos Quebra-Molas”. Um problema que se arrasta há mais de oito anos tem dificultado a mobilidade local, além de aumentar os custos de transporte, afetando especialmente estudantes e trabalhadores.
João Diogo, morador da área, compartilhou as dificuldades enfrentadas diariamente por quem precisa transitar pelo trecho. “Os buracos tornaram a estrada quase intransitável. Desde que asfaltaram, nunca vimos um trator nem ninguém da administração para fazer manutenção”, lamenta ele, destacando a falta de cuidados e reparos constantes na via.
Telmo Cruz, estudante que depende dessa estrada para chegar à escola, relatou o impacto direto no seu orçamento: “Gasto cerca de 700 Kz todos os dias com transporte, um valor muito alto para muitas famílias. Tem dias que nem vou à escola porque o preço do mototáxi sobe demais”, explicou, demonstrando como a situação prejudica ainda mais a educação dos jovens da comunidade.
A situação também afeta os mototaxistas locais. Augusto Alfredo, que circula frequentemente pela área, confirmou que muitos colegas evitam a via devido ao seu estado precário. “Quando chove, ninguém quer passar por aqui. Quem se arrisca a levar passageiros aumenta o preço. Além disso, estamos sempre gastando dinheiro com peças novas para as motos que se estragam nos buracos. Pelo menos, se colocassem pedras, já ajudava”, sugeriu ele, sinalizando o desgaste e a falta de soluções para o problema.
Pedro Longui, ativista e morador da Estalagem, também não poupou críticas à administração municipal. Segundo ele, apesar das várias denúncias feitas pela população, nada foi feito até agora para resolver a situação. “A situação está visível para todos, mas a administração permanece em silêncio. Quando chove, até a esquadra e a sede administrativa ficam alagadas”, apontou Longui, denunciando a negligência das autoridades.
Longui ainda acusou a administração de não cumprir com suas responsabilidades e de não ter uma gestão eficiente para melhorar as condições de vida da população. “A administração não cumpre o seu papel. Como servidores públicos, deviam organizar melhor a cidade e melhorar as condições das vias. Nós, moradores, damos um cartão amarelo e temos razões suficientes para acreditar que não há vontade de trabalhar”, concluiu.
Diante dessa situação, a comunidade da Estalagem exige uma solução urgente para o problema e cobra uma resposta concreta da administração municipal de Viana. A população não quer mais esperar por uma solução que parece estar sendo ignorada, e a pressão por melhorias na infraestrutura da área continua a crescer.