Em um importante desenvolvimento no contexto do conflito entre Israel e o Hamas, Israel confirmou a libertação de 200 prisioneiros palestinianos no sábado, 25 de janeiro de 2025. Esta troca faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, que também inclui a entrada de ajuda humanitária adicional em Gaza.
O serviço prisional de Israel informou que, com a aprovação das autoridades políticas, os prisioneiros palestinianos foram libertados das prisões de Ofer, na Cisjordânia, e de Ktziot, no sul de Israel. A libertação ocorreu no contexto de uma troca de prisioneiros que visava a libertação de quatro reféns israelitas.
Dos 200 prisioneiros libertados, 70 foram deportados para o Egito através da passagem fronteiriça de Rafah. A estadia no Egito, no entanto, será temporária, com os prisioneiros destinados a serem transferidos para o Qatar ou para a Turquia em breve.
A chegada dos prisioneiros libertados gerou uma onda de celebração em Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana. Milhares de palestinianos saíram às ruas para saudar os prisioneiros, com bandeiras palestinianas e aplausos. A alegria era visível, com gritos de felicidade e sorrisos amplos enquanto os autocarros transportavam os prisioneiros pelas ruas da cidade.
Em contrapartida à libertação dos prisioneiros, quatro reféns israelitas foram entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag estavam em cativeiro há 477 dias, e a sua libertação foi celebrada como um momento significativo para suas famílias e para Israel.
As imagens divulgadas mostram as quatro mulheres sorridentes ao lado dos combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, com os rostos desses últimos tapados. Após a libertação, as reféns foram transferidas de helicóptero para uma base militar de Israel, onde puderam finalmente se reunir com suas famílias.
O porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, criticou a cerimônia de entrega dos reféns, classificando-a como “cínica”. Ele acusou o Hamas de descumprir os termos do acordo, já que o grupo terrorista havia libertado os militares antes que todos os civis fossem entregues, o que gerou críticas por parte das autoridades israelitas.
Essa troca de prisioneiros faz parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O acordo prevê também o envio de ajuda humanitária para Gaza, onde a situação continua a ser extremamente difícil devido ao bloqueio e aos conflitos prolongados.
A continuação do acordo e o impacto que ele terá no futuro do conflito ainda permanecem incertos, mas a troca de prisioneiros representa um passo importante para reduzir a tensão e fornecer alívio para as famílias envolvidas.