A morte de José Manuel Monteiro Panzo, ocorrida após sua detenção pela Polícia no final de dezembro de 2024, tem gerado questionamentos e preocupações por parte de sua família, que solicita esclarecimentos sobre as circunstâncias do falecimento de seu ente querido. Panzo, residente no bairro Papelão, na província do Uíge, foi detido no dia 30 de dezembro após um desacordo com um cliente, que acusava o mecânico de fraude na reparação de um veículo.
Segundo o relato de Benjamim Paulo, representante da família e morador de Calumbo, Panzo estava trabalhando em sua oficina quando o proprietário de um carro o acusou de não cumprir o prazo prometido para a entrega de uma caixa de velocidades reparada. O desentendimento levou à queixa na polícia e à detenção de Panzo, que foi levado para a esquadra do bairro Papelão.
O caso se agravou quando, segundo a versão oficial da Polícia, o detido começou a se sentir mal enquanto estava sob custódia e foi transferido para o Hospital Geral do Uíge no dia 1º de janeiro de 2025. Infelizmente, Panzo faleceu poucas horas depois, por volta das 19h, e o médico de plantão declarou que ele já chegou ao hospital sem sinais vitais. Esse relato gerou dúvidas sobre a verdadeira causa da morte de José Manuel Monteiro Panzo.
A família, no entanto, questiona a versão oficial e aponta que foi apenas informada do falecimento por volta do meio-dia do dia 2 de janeiro, quase 24 horas depois do ocorrido. Além disso, a ausência de um certificado de óbito formalizado tem gerado ainda mais apreensão entre os parentes, que buscam respostas claras e precisas sobre as causas da morte.
“Pedimos a intervenção das autoridades competentes para esclarecer de forma transparente as circunstâncias deste caso e garantir que a verdade seja apurada. Até agora, não recebemos informações claras, o que tem dificultado até mesmo o processo para realizar o funeral de nosso ente querido”, declarou Benjamim Paulo, em nome da família.
A família de Panzo exige uma investigação minuciosa para esclarecer as circunstâncias da morte de José Manuel Monteiro Panzo enquanto ele estava sob custódia policial, e solicita que, caso haja falhas ou negligência no tratamento do detido, os responsáveis sejam identificados e responsabilizados. O caso segue sem respostas claras, gerando uma série de incertezas e um clamor por justiça.