Hoje, 7 de janeiro de 2025, a partir das 09h00, ocorre a cerimónia de trasladação dos restos mortais do renomado escritor Eça de Queirós para o Panteão Nacional, em Lisboa. Esta cerimónia histórica, marcada 125 anos após a morte do autor, finalmente marca o fim de um longo processo que envolveu tanto a aprovação no parlamento como uma contenda judicial, que durou anos.
O autor de “Os Maias” e”O Primo Basilio” será agora eternizado ao lado de outras grandes figuras da história de Portugal, após uma disputa legal movida por alguns de seus bisnetos, que desejavam que o corpo do escritor permanecesse na aldeia de Santa Cruz do Douro, no concelho de Baião, onde estava sepultado desde sua morte.
A cerimónia inicia com a Banda de Música e Fanfarra da Guarda Nacional Republicana (GNR), que tocará em frente à Assembleia da República, enquanto representantes do parlamento e dos grupos parlamentares se posicionam nas escadarias. Após a execução do hino nacional, o cortejo segue pela Rua de São Bento, com escolta de honra a cavalo, até ao Panteão Nacional.
No interior do Panteão, imagens de Eça de Queirós serão projetadas enquanto o hino nacional é interpretado novamente pelo maestro João Paulo Santos e pela soprano Sara Braga Simões, membros do Coro do Teatro Nacional de São Carlos. O evento também contará com momentos musicais e a leitura de excertos das obras de Eça de Queirós, proporcionando uma reflexão sobre o legado literário do autor.
O escritor Afonso Reis Cabral, trineto de Eça de Queirós e presidente da Fundação Eça de Queirós, fará o elogio fúnebre. A cerimónia culminará com a assinatura do Termo de Sepultura e a execução do hino nacional pela banda da GNR, seguida pelo toque de “silêncio”. A urna contendo os restos mortais de Eça será então levada até a Arca Tumular, onde ficará permanentemente depositada, marcando o fim da jornada do escritor para seu merecido descanso no Panteão Nacional.