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Cláudio Da Silva Mendes de Carvalho na Maratona da Amnistia Internacional: Reflexão e Activismo pela Liberdade em Angola

Lisboa, Portugal A 23.ª edição da Maratona de Cartas da Amnistia Internacional, realizada a 6 de Novembro de 2024, colocou em destaque as preocupantes questões sobre a liberdade de expressão em Angola, reunindo activistas, defensores dos direitos humanos e personalidades de renome internacional. Cláudio Da Silva Mendes de Carvalho, membro activo da Amnistia Internacional e reconhecido defensor da justiça social e dos direitos civis, participou neste evento marcante, reforçando a sua presença e envolvimento no panorama político e de direitos humanos, tanto nacional como internacional.

O evento começou com a exibição do documentário “É proibido falar em Angola” (2015), de Natalia Viana e Eliza Capai, que retrata a perseguição enfrentada pelos 17 activistas (15+2) injustamente acusados em 2015 de tentativa de golpe de Estado contra o então presidente José Eduardo dos Santos. Este documentário serviu como um instrumento poderoso de consciencialização, ilustrando os desafios contínuos à liberdade de expressão no país.

Cláudio Da Silva Mendes de Carvalho, que se tem destacado pelo seu trabalho em prol dos direitos fundamentais e pela sua crítica ao autoritarismo, participou activamente do debate que se seguiu, ao lado de figuras como José Mário Mavungo, ex-prisioneiro de consciência, Cidia Chissungo do Escritório Regional da África do Sul da Amnistia Internacional, e o activista Kennedy Domingos. O debate enfatizou as preocupantes semelhanças entre o caso dos 15+2 e o recente encarceramento de Ana da Silva Miguel (Neth Nahara), condenada em 2023 a dois anos de prisão por criticar as políticas do presidente João Lourenço numa transmissão ao vivo na rede social TikTok.

Na sua intervenção, Cláudio Mendes de Carvalho sublinhou a importância de resistir a actos de repressão que pretendem silenciar a voz da sociedade civil angolana. “Hoje, mais do que nunca, é crucial que os angolanos, dentro e fora do país, resistam às tentativas de sufocar a liberdade de expressão. O debate e a crítica não são crimes, mas sim pilares de uma sociedade justa e democrática”, afirmou.

A maratona, que contou com a presença de distintas figuras de vários pontos do globo, foi um momento de solidariedade global e reafirmou a missão da Amnistia Internacional de denunciar violações dos direitos humanos. A participação de Mendes de Carvalho destacou o seu papel contínuo e influente no activismo, reforçando a importância da união e da resistência para assegurar que os direitos e liberdades fundamentais sejam respeitados e preservados em Angola.

Este evento recordou de forma poderosa que a luta pelos direitos humanos e pela liberdade de expressão exige vigilância constante e apoio colectivo de todos aqueles comprometidos com a justiça e a igualdade.