EU – Com a confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, líderes de várias capitais europeias rapidamente reagiram, enviando mensagens de felicitações e sinalizando a disposição de colaborar com a nova administração americana.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, foi um dos primeiros a se manifestar. Com entusiasmo, Orbán descreveu a vitória de Trump como o “maior regresso da história política ocidental”, expressando otimismo em relação ao fortalecimento das relações entre a Hungria e os EUA. O tom positivo de Orbán reflete o alinhamento ideológico de seu governo com várias políticas defendidas por Trump, particularmente em áreas como segurança nacional e imigração.
Na Espanha, apesar do governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez ter apoiado a candidata Kamala Harris, a reação foi de pragmatismo. Sánchez e sua equipe rapidamente indicaram a intenção de trabalhar junto ao novo governo americano em prol de interesses compartilhados entre os dois países. Essa postura reflete a flexibilidade diplomática de Madri, que busca manter fortes laços transatlânticos, independentemente de quem ocupe a Casa Branca.
Na França e na Alemanha, o resultado das eleições dos EUA gerou uma mistura de prudência e preparação. O presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Olaf Scholz entraram em contato para discutir como adaptar suas estratégias diplomáticas à nova realidade política americana. Este alinhamento entre Paris e Berlim evidencia a busca por uma Europa mais coesa e menos dependente das políticas externas dos EUA, caso a agenda de Trump interfira em questões de interesse comum, como comércio e defesa.
Em Portugal, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa e o primeiro-ministro Luís Montenegro expressaram sua prontidão para fortalecer a parceria com o governo americano. Montenegro destacou o compromisso de Portugal em manter a colaboração em diversas frentes, desde a diplomacia bilateral até o multilateralismo na OTAN. Relembrando sua visita à Casa Branca em 2018, Marcelo Rebelo de Sousa enfatizou a importância de uma relação duradoura e produtiva entre Portugal e os EUA.
A reação das capitais europeias à vitória de Donald Trump destaca uma Europa diplomática e pragmática, disposta a fortalecer as relações com os EUA, mas também atenta às mudanças que podem ocorrer na política americana. Desde o entusiasmo de países do leste europeu até a cautela do eixo Paris-Berlim, as lideranças europeias demonstram que estão prontas para enfrentar os desafios e oportunidades que a nova administração poderá trazer ao cenário internacional.