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Venâncio Mondlane retorna a Maputo para participar de marcha Nacional em protesto Eleitoral

O candidato à presidência de Moçambique, Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das recentes eleições e reivindica sua vitória, anunciou seu retorno à capital, Maputo, para liderar uma marcha nacional agendada para o próximo dia 7. Em uma transmissão ao vivo no Facebook, Mondlane confirmou sua presença no evento, afirmando que estará “em grande, antes das oito horas” para participar da manifestação.

Após se ausentar de Maputo, Mondlane justificou sua partida como uma necessidade de “organizar ideias” em um momento crítico para a oposição e para os apoiadores que questionam os resultados eleitorais divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). A CNE declarou a vitória de Daniel Chapo, candidato da Frelimo, partido no poder há décadas em Moçambique. Para Mondlane, no entanto, os resultados não refletem a vontade popular, e ele alega que houve irregularidades no processo.

Durante a transmissão ao vivo, Mondlane reforçou um apelo à polícia moçambicana para que se alinhe com a população e apoie a marcha. Ele descreveu o movimento como uma “manifestação contra o assassinato do povo moçambicano”, destacando que o momento exige o apoio das forças de segurança ao lado dos cidadãos e não de uma estrutura de poder que, segundo ele, “oprime o povo”.

A marcha do dia 7 está sendo organizada em meio a uma greve geral convocada por Mondlane e outros líderes de oposição, que buscam trazer visibilidade às alegações de fraude eleitoral e mostrar resistência ao resultado que mantém a Frelimo no poder. Com a confirmação da presença de Mondlane, cresce a expectativa de que a manifestação reúna milhares de apoiadores, além de atrair atenção nacional e internacional.

O retorno de Mondlane a Maputo marca um novo capítulo na disputa pelos resultados eleitorais, reforçando o sentimento de insatisfação entre muitos eleitores. Para além da marcha, as manifestações têm ampliado o debate sobre transparência e justiça no sistema eleitoral de Moçambique. Mondlane e seus apoiadores enxergam esse movimento não apenas como uma contestação política, mas como um clamor por mudanças estruturais no país.

A marcha é um símbolo da crescente pressão por um processo eleitoral mais justo e transparente em Moçambique. Se a manifestação terá impacto nas decisões políticas ou eleitorais, ainda é incerto, mas certamente abrirá espaço para uma reflexão mais ampla sobre a importância da democracia e da voz do povo moçambicano.