Lisboa – António Costa, ex-cabo da GNR condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de três jovens entre 2005 e 2006, está a cumprir suas saídas precárias em uma instituição religiosa no sul de Portugal. Costa foi responsabilizado pela morte de três raparigas, com idades entre 17 e 18 anos, em Santa Comba Dão, onde os crimes foram marcados por brutalidade e abuso.
O condenado começou a usufruir das saídas precárias em 31 de maio de 2021, direito garantido pela legislação portuguesa a presos que cumprem determinados requisitos. No entanto, em função da gravidade dos crimes, o tribunal proibiu-o de retornar a Santa Comba Dão, cidade onde os assassinatos ocorreram. Assim, Costa cumpre essas saídas em uma instituição no sul do país, que oferece um ambiente monitorado e distante dos locais onde cometeu os crimes.
Os crimes cometidos por António Costa chocaram a sociedade portuguesa. As três jovens foram encontradas mortas após terem sido abusadas sexualmente e atiradas à água. Em um dos casos, a vítima ainda estava viva quando foi lançada ao rio, aumentando o horror da situação. Esses atos violentos deixaram uma marca profunda na região de Santa Comba Dão e destacaram a necessidade de políticas rigorosas na reintegração de presos condenados por crimes graves.
Em Portugal, as saídas precárias são um direito de presos que cumprem uma parte substancial da sua pena e apresentam bom comportamento. Esse benefício visa facilitar a reintegração social e é concedido de forma gradual. No caso de Costa, as condições são rigorosas, e ele cumpre o período fora da prisão em uma instituição religiosa, que fornece um ambiente controlado e seguro.
A decisão de impedir o retorno de Costa a Santa Comba Dão demonstra a sensibilidade das autoridades em proteger a comunidade local e evitar qualquer contato com o passado. A escolha de um seminário religioso como o local para suas saídas reflete uma tentativa de garantir que ele esteja sob supervisão contínua.
Esse caso desperta discussões sobre os critérios para concessão de saídas precárias e sobre a segurança pública em torno de presos com histórico de violência. Em casos de crimes que abalaram profundamente a sociedade, como este, o equilíbrio entre reabilitação e proteção da comunidade é sempre uma questão complexa e de constante reflexão.