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Blinken confirma que Israel aceitou acordo de cessar-fogo

O secretário de Estado dos EUA diz que proposta foi aceite por Benjamin Netanyahu. Antony Blinken apela ao Hamas que faça o mesmo.

O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, revelou hoje que Israel aceitou a proposta para um cessar-fogo na Faixa de Gaza e a consequente libertação de reféns israelitas detidos no território.

A informação foi avançada pelo secretário de Estado norte-americano, durante uma conferência de imprensa em Telavive, depois de se ter reunido com os líderes israelitas.

Blinken falou numa “reunião muito construtiva” com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, explicando que o primeiro-ministro israelita confirmou que o país aceitava a “proposta de transição” apresentada pelos EUA em Doha.

Blinken afirmou que se encontra na região para garantir que acordo de cessar-fogo aconteça e “levar até ao fim” todas as tentativas de o formalizar.

“Este é um momento decisivo, provavelmente a melhor, talvez a última, oportunidade para levar os reféns para casa, para conseguir um cessar-fogo e para colocar toda a gente num caminho melhor para uma paz e segurança duradouras”, afirmou o secretário de Estado.

Durante o anúncio, Blinken apelou a que também o Hamas aceite a proposta. “Cabe agora ao Hamas fazer o mesmo”, afirmou.

Depois da visita a Israel, Blinken deverá deslocar-se em seguida ao Egito e depois ao Qatar.

Libertar “máximo de reféns vivos”

Após a reunião com Blinken, o primeiro-ministro israelita publicou uma mensagem em vídeo na qual reforça a necessidade de libertar “o máximo de reféns vivos” na primeira fase do acordo.

Netanyahu afirmou apreciar “a compreensão que os EUA demonstraram em relação aos nossos interesses vitais de segurança, no meio dos nossos esforços conjuntos para conseguir a libertação dos nossos reféns”.

No final da semana passada, os três países mediadores da proposta de cessar-fogo – Egito, Qatar e EUA – comunicaram progressos num acordo segundo o qual Israel suspenderia a maior parte das operações militares em Gaza e libertaria um certo número de prisioneiros palestinianos em troca da libertação de reféns.

A proposta, em constante evolução devido às negociaçõess, prevê um processo em três fases, no qual o Hamas libertaria todos os reféns raptados durante o ataque de 7 de outubro. Em troca, Israel retiraria as suas forças de Gaza e libertaria os prisioneiros palestinianos.

O reacender do conflito na Faixa de Gaza aconteceu depois de o Hamas ter entrado em território israelita, matando cerca de 1200 pessoas. O grupo levou ainda 250 reféns para a Faixa de Gaza.

A retaliação israelita em Gaza matou mais de 40.000 palestinianos, segundo as autoridades sanitárias locais, e devastou grande parte do território.