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Dinheiro no aparador, móvel da televisão e em várias carteiras: 42 mil euros estavam na casa de Fernando Madureira

Lisboa – O Ministério Público (MP) acusou Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e os outros nove arguidos da Operação Pretoriano de vários crimes.

Operação Pretoriano: equipamentos do Benfica encontrados na posse de membro dos Super Dragões.

Dinheiro no aparador, móvel da televisão e em várias carteiras: 42 mil euros estavam na casa de Fernando Madureira.

Fernando Madureira, ex-líder da claque do FC Porto Super Dragões, que vai permanecer em prisão preventiva, Sandra Madureira e Vítor Catão, mas também os outros arguidos, entre os quais Hugo Polaco e Fernando Saúl, são acusados de sete crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.

No despacho, o MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos.

No documento do Ministério Público a que O JOGO teve acesso é ainda possível perceber que nas buscas levadas a cabo a 31 de janeiro de 2024 foram apreendidas diversas quantidades de dinheiro nas buscas à casa de Fernando e Sandra Madureira.

Num total de 42 mil euros, uma fatia de 31 mil foi encontrada no mesmo local. Mas há outros pormenores que podem destacar-se como a descoberta de 620 euros em notas e moedas no móvel da televisão, quatro cheques do banco Millennium no interior de uma carteira, 400 euros numa outra carteira, 1190 euros no aparador na sala e 4270 euros num outro local.

O FC Porto e a SAD constituíram-se assistentes do processo, desencadeado em 31 de janeiro último, tendo em conta a tentativa de a claque Super Dragões “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” ‘azul e branca’, então liderada por Pinto da Costa.

Nesse dia, a Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve 12 pessoas – incluindo dois funcionários do FC Porto e o agora ex-líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da investigação aos incidentes verificados na referida AG do clube.

Em causa estavam os crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação, de que agora são acusados pelo MP.