A Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau deu 15 dias ao lider do parlamento do país, Domingos Simões Pereira, para que se apresente à justiça. A convocatoria foi feita através de um edital publico.
No documento, lê-se que o Ministério Publico considera que Simões Pereira se encontra em parte incerta e que desde 2016 que o órgão judicial tem tentado levar Simões Pereira a responder um processo-crime de alegada corrupção, mas sem sucesso.
O edital refere que o Ministério Público não consegue que seja levantada a imunidade de Domingos Simões Pereira enquanto deputado, uma vez que de cada vez que remete uma nota de solicitação nesse sentido, o assunto nunca é levado à plenária do parlamento.
O Ministério Público diz que Domingos Simões Pereira tem agora 15 dias, a contar da data da publicação do edital para responder num processo-crime onde foi pronunciado como suspeito. O edital tem a data de 31 de julho de 2024.
Desde 2016 que a Procuradoria-geral da República tem tentado levar Simões Pereira à barra da justiça num caso conhecido como resgate aos bancos em que a justiça diz que o Estado guineense foi lesado em largos milhões de francos CFA.
O caso remonta ao período em que Pereira foi primeiro-ministro, entre julho de 2014 e agosto de 2015.
Acontece que o então ministro das Finanças, Geraldo Martins, considerado único suspeito no caso do resgate aos bancos foi absolvido pela justiça e o processo arquivado, em 2018.
No âmbito do mesmo processo e que envolve o nome de Domingos Simões Pereira seria mais tarde, em 2022, arquivado por um procurador da República, numa decisão que nao foi aceite pelo Ministério Público.