Trinta e cinco mulheres que se dedicam a salga e seca do pescado, organizadas em cooperativas no município do Tombwa Província do Namibe, enfrentam várias dificuldades na aquisição de peixe, única matéria-prima que têm para o exercício da sua actividade comercial.
By: Dino Manuel
Segundo o Namibe Fala Verdade, NFV, a presidente de uma das cooperativas, Ernestina Chipita lamentou o facto e fez notar que os armadores de pesca têm clientes escolhidos a dedo, daí a necessidade urgente de obterem as suas próprias embarcações.
Frisou que démarches já foram feitas junto das instituições bancárias para o financiamento dos projecos concebidos neste domínio.
” E uma grande dor de cabeça, temos o número de 35 senhoras e neste momento estamos com inúmeras dificuldades mesmo, dificuldades sérias, nós as senhoras que transformamos o peixe seco nos sentimos muito mal, todo produto que aparece hoje está já direcionado para as carrinhas , nós da salga e seca ficamos totalmente desaparecidas, precisamos ter o nosso meio mesmo porque se for a depender acredito que a salga e seca pode até fechar por falta de matéria – prima mas nós não queremos que isso aconteça, estamos na luta temos projectos em carteira e estamos a espera que alguém nos abra as portas para que possamos obter pequenas embarcações. Estamos a espera nesse momento pelo ATLÂNTICO, pelo BAI, pelo CAIXA ANGOLA temos ja projectos direcionados e encaminhados, estamos a aguardar”.
Mulheres processadoras do pescado do Município do Tombwa passam por imensas dificuldades e querem embarcações próprias para se livrarem da dependência dos armadores de pesca que têm clientes escolhidos a dedo.