O ex-presidente da UNITA, Isaias Samakuva, saiu esta terça-feira da sombra para afastar as “nuvens negras” e as “mentiras” sobre o seu papel na Fundação Savimbi e garantir que não pretende criar um novo partido.
Oex-presidente da UNITA, que se apresentou com a família de Savimbi e apenas um membro influente da UNITA, Manuel Saviemba, lamentou esta terça-feira, 02, informações postas a circular em vários sectores, segundo as quais, por estar à frente da Fundação Jonas Savimbi, pretende criar um partido político.
“O surgimento desta fundação preocupa muita gente que espalha nuvens negras, com mentiras, alegando que Samakuva quer criar um partido político”, afirmou Isaías Samakuva durante uma conferência de imprensa que serviu também para anunciar o lançamento público da fundação Jonas Malheiro Savimbi, no mês de Agosto, negando as informações postas a circular.
Segundo Samakuva é do conhecimento da direcção da UNITA tudo o que foi feito à volta da Fundação Jonas Marlheiro Savimbi.
“Em 2021 escrevi ao presidente do partido, Adalberto Costa júnior, a informar fui indicado pelos filhos do falecido para orientar os trabalhos da fundação”, justificou Isaías Samakuva.
“Depois da morte do líder da UNITA, a comissão de gestão liderado pelo companheiro Paulo Lukamba Gato em 2003, defendeu a criação da fundação. Na campanha eleitoral, o próprio presidente do partido também defendeu a criação da fundação”, acrescentou Samakuva frisando que apresentou um relatório à direcção do partido sobre todos os encontros que manteve na Cidade Alta com o Presidente da República sobre a fundação.
No passado mês de Maio, o Ministério da Justiça e dos Direitos Humano, através do Cartório Notarial da Loja dos Registos do Cazenga, finalmente legalizou esta fundação, cuja autenticidade pode ser conferida na III série, nº 92 | 6964 do Diário da República de 17 de Maio, como avançou o Novo Jornal.
De acordo com Samakuva, sociedade civil, políticos e população em geral querem ver o funcionamento desta fundação, de uma figura “muito influente”, no processo da democratização em Angola.
Questionado sobre o seu distanciamento do partido, respondeu ser necessário dar espaço à nova direcção para se afirmar.
“Quando deixei a presidência achei que depois de 19 anos tinha de descançar, para dar tempo à família”, referiu Samakuva, salientando que neste momento está a preparar um livro para ser lido pelos angolanos.
“Tenho estado no meu cantinho e continuo a fazer o meu trabalho”, acrescentou.