Três dias depois de o Novo Jornal ter noticiado que o Governo continuava a não chamar as centrais sindicais que já preparam a terceira fase da greve da função pública, o Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), convocou as centrais sindicais, esta terça-feira, 28, para voltarem a reunir-se sobre o assunto e juntos encontrarem soluções que permitam um entendimento, soube o Novo Jornal junto das centrais sindicais.
Fonte: NJ
Segundo o MAPTSS, a reunião entre o Governo e as centrais sindicais acontece às 13: 00, em Luanda, no edifício sede, em Talatona, e o ponto dominante do encontro vai ser a avaliação do ponto de situação de algumas exigências do caderno reivindicativo.
Os sindicatos estão já a preparar o terreno para a nova vaga de protestos no mês de Junho.
As centrais querem que o Governo fixe um salário mínimo nacional na ordem dos 100 mil kwanzas, mas o Governo diz não ter condições para o efeito, embora não tenha apresentado às centrais qualquer proposta negocial.
Antes da greve, as três centrais defendiam uma revisão salarial na função pública na ordem dos 250 mil kz, mas antes da primeira paralisação geral, no mês de Março, reduziram para os 100 mil, e, mesmo assim, o Executivo não se mostrou receptivo.
Daí que a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos – Central Sindical (UNTA-CS), a Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) e a Força Sindical Angolana (FSA-CS) decretaram a segunda fase da greve que durou sete dias, em finais de Abril.
Decorridos 28 dias sobre o fim da segunda fase da greve, o Governo chamou as centrais para voltarem à discussão sobre o assunto e evitar uma terceira paralisação geral.
Entretanto, os sindicatos dizem estarem disponíveis para voltar à mesa das negociações, mas alertam que caso não haja avanços nas negociações, vão voltar a cruzar os braços a partir da próxima segunda-feira, dia 3 de Junho.
O Novo Jornal soube que o MAPTSS reuniu, na semana passada, com as entidades representativas dos empregadores para auscultá-las sobre a fixação do salário mínimo nacional, mas sem avançar valores e datas para a sua implementação.