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Exportações de bens aumentaram 2,3% em fevereiro. Défice comercial diminuiu 12 milhões

Exportações portuguesas de bens voltaram a aumentaram em fevereiro acima das importações, o que permitiu equilibrar a balança comercial de bens. Importações registaram a primeira variação positiva desde março de 2023. Défice comercial atingiu 2.356 milhões de euros.

Negócios

As exportações portuguesas de bens tiveram um crescimento homólogo de 2,3% em fevereiro, segundo os dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor foi superior ao crescimento registado nas importações, o que contribuiu para melhorar o défice comercial de bens.

Os dados do INE revelam que, em fevereiro, as importações portuguesas de bens registaram a primeira variação positiva desde março de 2023. Em comparação com igual período do ano passado, as importações cresceram 1,5%, um valor inferior em 0,8 pontos percentuais ao crescimento homólogo das exportações de bens.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, o aumento homólogo das importações superou o das exportações em fevereiro. As exportações registaram um acréscimo de 1,4%, enquanto as importações cresceram 2,6%. Essa diferença deveu-se sobretudo aos preços, que estão a penalizar mais os produtos petrolíferos, dos quais Portugal é um grande importador líquido.

Em fevereiro, o índice de valor unitário (preços) caiu 3,9% nas exportações e 6% nas importações. Excluindo os produtos petrolíferos, registaram-se decréscimos de 2,9% nas exportações e de 5,6% nas importações.

Nesse sentido, o INE dá conta de que, em fevereiro, houve um decréscimo nas importações de combustíveis e lubrificantes (-6,5%), o que refletiu as descidas nos preços (-16,8%), “dado que em volume se registou um aumento de 12,3%”.

Em fevereiro, subiram as exportações de produtos alimentares e bebidas (+14,8%) e as importações de material de transporte (+5%), bens de consumo (+6%) e máquinas e outros bens de capital (+4,5%).

O défice da balança comercial de bens diminuiu 12 milhões de euros em fevereiro, em comparação com o período homólogo, atingindo 2.356 milhões. Sem contar com combustíveis e lubrificantes, o défice comercial de bens totalizou 1.868 milhões, o que corresponde a um aumento de 113 milhões de euros face a 2023.