O Banco Mundial colocou a economia da China a crescer 4,5% em 2024, ficando abaixo da fasquia de crescimento de 5% traçada pelo governo chinês, com a expetativa que a troca de bens e serviços suba 2,3%. O relatório da mesma instituição diz que a dívida, as barreiras às trocas comerciais e as incertezas em termos da política seguida na região são desafios que estão a travar o dinamismo económico da região.
Além disso, a economia do gigante asiático deve também desacelerar para 4,3% em 2025. A instituição tinha apontado, anteriormente, um crescimento de 4,4%.
“A China tornou-se profundamente importante para a região [Ásia], como uma fonte de inputs e de investimento”, disse o economista do Banco Mundial, Aaditya Mattoo, à “CNBC”.
O relatório do Banco Mundial alerta que a importância da China enquanto destino exportador, para a região da Ásia, tem aumentado desde os anos 2000.
O mesmo relatório diz que mesmo com a melhoria das condições económicas, que se traduzem no acalmar da inflação, a região asiática possui níveis de dívida mais elevados quando em comparação com o período anterior à pandemia da Covid-19, em 2020.
Contudo, o economista-chefe do Banco Mundial disse que a região asiática está a observar um melhor desempenho económico face ao resto do mundo, mas que continua abaixo do seu potencial.
Aadditya Mattoo sublinhou ainda que a China tem um longo caminho a percorrer, nomeadamente para libertar a dependência da economia de sectores como a construção ligada ao imobiliário, que tem estado em crise severa devido à queda de várias empresas, entre as quais a Evergrande.
O economista do Banco Mundial acrescentou que outro dos desafios da China está ligado à escolha de “políticas eficientes” e que as economias asiáticas poderiam ter um melhor desempenho se conseguirem melhorar a produtividade e gerar maior eficiência.
Com Lusa