Os esforços para mediar um cessar-fogo na Faixa de Gaza ganharam esta segunda-feira um novo fôlego, de acordo com a ‘CNN’, depois de Israel ter concordado com uma proposta mediada pelos Estados Unidos que envolveu uma troca de prisioneiros palestinianos: de acordo com a televisão americana, o acordo, liderado pelo diretor da CIA, William Burns, implica a libertação de aproximadamente 700 prisioneiros palestinianos em troca de 40 prisioneiros israelitas.
De acordo com o Canal 12 e o site de notícias ‘Walla’, o grupo de prisioneiros que Israel está disposto a libertar inclui 100 presos condenados por homicídio. Em declarações ao ‘Times of Israel’, um responsável de Telavive salientou que “neste momento, estamos a sentir-nos 50/50 sobre as chances de um acordo”.
Israel também está supostamente pronto para discutir a possibilidade de os refugiados palestinos regressarem à parte norte da Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu rejeitou anteriormente uma proposta do Hamas de trégua e troca de prisioneiros, insistindo que as Forças de Defesa de Israel ainda estão determinadas a erradicar completamente a presença do grupo em Gaza.
Uma delegação israelita ter-se-á reunido este sábado com William Burns, no Qatar, numa fase em que os Estados Unidos tentam persuadir as IDF (Forças de Defesa de Israel) a interromper a sua ofensiva em Rafah. De acordo com fonte israelita, citada pela agência ‘Reuters’, há “lacunas significativas” nas negociações, especialmente no que diz respeito à proporção proposta de israelitas e palestinianos envolvidos numa potencial troca.
O Hamas ainda não respondeu à proposta, o que, segundo os meios de comunicação israelitas, poderá demorar alguns dias.