Os recentes posicionamentos do governador do Kwanza Sul, Job Capapinha, levantam questões profundas sobre a integridade e a imparcialidade das instituições governamentais em Angola. Ao sugerir que um eventual governo liderado pela UNITA poderia representar um risco maior para o dinheiro público do que o MPLA, Capapinha não apenas lança uma sombra sobre a credibilidade da oposição, mas também expõe uma realidade preocupante sobre a gestão dos recursos do Estado.:
By: Poeta UKwanana Activista Defensor Dos Direitos Humanos
Em primeiro lugar, é lamentável que um representante eleito do povo faça declarações que polarizam ainda mais o ambiente político e minam a confiança na democracia. Ao invés de promover o diálogo e o entendimento entre diferentes facções políticas, tais declarações apenas alimentam divisões e suspeitas infundadas.
Além disso, as insinuações de que o MPLA utiliza o dinheiro público em seu benefício próprio são extremamente preocupantes. Se confirmadas, essas alegações seriam uma traição à confiança do povo angolano e uma afronta aos princípios básicos da governança responsável. Os recursos do Estado devem ser utilizados para promover o bem-estar e o progresso de toda a nação, não para enriquecer uma elite política em detrimento do povo.
O papel das instituições, especialmente da Procuradoria-Geral da República (PGR), torna-se crucial em momentos como este. É imperativo que a PGR atue de forma independente e imparcial, investigando todas as alegações de corrupção e má gestão, independentemente da afiliação política dos envolvidos. A justiça deve ser cega às cores partidárias, e qualquer sinal de partidarização das instituições encarregadas de fazer valer a lei é profundamente preocupante.
É importante lembrar que a democracia só pode prosperar em um ambiente de transparência, responsabilidade e respeito pelas instituições democráticas. Os líderes políticos têm a responsabilidade de promover esses valores e de agir no melhor interesse do povo que juraram servir. Qualquer desvio desse compromisso mina os fundamentos da democracia e compromete o futuro de Angola.
Portanto, é hora de todos os angolanos, independentemente de suas afiliações políticas, exigirem responsabilidade e integridade de seus representantes eleitos e das instituições do Estado. Somente através do escrutínio rigoroso e da defesa dos princípios democráticos fundamentais podemos construir uma sociedade mais justa e próspera para as gerações futuras.