A mulher “pegou num boletim de voto e escreveu “Não à guerra” no verso com um marcador vermelho, após o que colocou o boletim de voto na urna”, esclareceu em comunicado o tribunal distrital de Dzerzhinsk, em São Petersburgo, a segunda maior cidade da Rússia.
O tribunal considerou que a arguida tinha, desta forma, “degradado a propriedade do Estado e desacreditado as forças armadas russas” e condenou-a a uma multa de 40.000 rublos (cerca de 400 euros) e a oito dias de prisão administrativa.
Vladimir Putin foi reeleito no domingo com uma percentagem muito elevada, que foi denunciada como “sem relação com a realidade” pela oposição no exílio.
Os membros da oposição conseguiram, no entanto, mostrar o seu apoio reunindo-se nas assembleias de voto ao meio-dia de domingo, o que provocou longas filas em alguns locais, nomeadamente em frente às embaixadas russas no estrangeiro.
Outros invalidaram os seus boletins de voto escrevendo neles o nome do opositor Alexei Navalny, que morreu na prisão em fevereiro.
De acordo com a organização não-governamental (ONG) OVD-Info, especializada no controlo da repressão, 119 pessoas foram detidas por várias ações de protesto durante as eleições presidenciais russas.