O ocidente, União europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA), rejeitaram a vitória do líder russo e criticam aliados, apontando repressão, intimidação e eleições injustas no processo.
“A reeleição de Putin baseou-se na repressão e na intimidação”, afirmou o principal diplomata da União Europeia (UE), Josep Borrell, acrescentando que as eleições na Rússia não foram livres e justas.
Para a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, as eleições na Rússia não foram verdadeiras. “A eleição russa foi uma eleição sem escolha”, afirmou, acrescentando que a UE irá abrir caminho a novas sanções contra a Rússia.
Os EUA também rejeitaram a imparcialidade da votação. “As eleições não foram obviamente livres nem justas, tendo em conta a forma como Putin prendeu opositores políticos e impediu que outros concorressem contra ele”, afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês afirmou, em comunicado, que a reeleição de Putin teve lugar num contexto de repressão da sociedade civil e que não estavam reunidas as condições para uma eleição livre e democrática.
O chefe da diplomacia britânica, David Cameron, afirmou que as eleições “ilegais” se caraterizaram pela “falta de escolha dos eleitores e pela ausência de controlo independente da OSCE”. “Não é assim que são eleições livres e justas”, acrescentou.
O ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, afirmou que “as eleições não foram nem livres nem justas”. “Continuamos a trabalhar para uma paz justa que leve a Rússia a pôr fim à guerra de agressão contra a Ucrânia, em conformidade com o direito internacional”, acrescentou.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavsky, classificou as eleições como uma “farsa e uma paródia”, que mostraram “como este regime suprime a sociedade civil, os media independentes e a oposição”, afirmou.