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UNITA pede ao governo angolano maior diálogo construtivo e consensual com centrais sindicais para evitar greve geral no País

A UNITA exige do Executivo “diálogo construtivo e consensual” com as centrais sindicais em representação dos trabalhadores da função pública, cujas reivindicações considera legítimas, de forma a encontrar uma saída airosa e evitar as consequências da greve anunciada para 20 de Março. A declaração política da UNITA foi divulgada esta quarta-feira, 13, por ocasião dos 58 anos da fundação do principal partido da oposição, que hoje se assinala.

As três centrais sindicais nacionais aprovaram recentemente uma declaração de greve geral com início a 20 de Março, para exigir do Governo a satisfação dos pontos constantes do caderno reivindicativo.

O secretariado executivo do comité permanente da comissão política da UNITA exige ainda do Executivo angolano a conclusão do processo de inserção dos ex-combatentes na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.

Na declaração, a UNITA insiste que em 2022, venceu as eleições em Angola e Comissão Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Constitucional, negaram-lhe essa vitória.

“Por esta ocasião a UNITA reafirma a sua determinação de unir os seus esforços aos da sociedade angolana para a institucionalização das autarquias locais o mais brevemente possível”, diz o documento, acrescentando que a propalada divisão político administrativa “é um capcioso expediente de fuga às autarquias locais.”

Para a UNITA, “face à endémica crise económica que Angola vive e perante a pobreza que grassa no País, o principal partido da oposição assume o compromisso de lutar com todos os angolanos para o efectivo combate à corrupção e o empoderamento das empresas e famílias com vista à erradicação da pobreza.”

Refira-se que a fundação oficial da UNITA foi conduzida por Jonas Savimbi e Tony Fernandes em 13 de Março de 1966, em Muangai , na província do Moxico. Outros 200 delegados estavam presentes no evento de fundação do até então movimento guerrilheiro, entre eles Miguel N,Zau Puna, Ernesto Mulato, Rúben Chitacumbi, José Liahuca, José Ndele , Jerónimo Wanga , Samuel Chiwale, Eduardo Jonatão Chingunji e Kafundanga Chigunji.

A UNITA lançou o seu primeiro ataque contra as autoridades coloniais portuguesas em 25 de Dezembro do mesmo ano, marcando a formação do seu braço armado, as Forças Armadas de Libertação de Angola (FALA).

C/ NJ