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Fim da subvenção da gasolina em Angola “adivinha” dias difíceis para as famílias no País

O fim da subvenção à gasolina em Angola vai aumentar o preço dos fretes nos táxis e mototáxis e criar dificuldades às famílias, indicam previsões colhidas pela voz da América, quando ainda milhares de taxistas, mototaxistas e produtores aguardam por cartões prometidos pelo Governo no ano passado.

Operadores que deveriam estar a adquirir o litro de gasolina a 160 kwanzas, contra os 300 kwanzas, cerca de dois dólares, para a generalidade dos angolanos referem que o país está perante uma política pública falhada, receando mexidas nos preços dos combustíveis.

Os mototaxistas Abreu Tomásio e Jacinto Chilombo ainda não beneficiaram da subvenção, aprovada em junho de 2023, mas o país já faz contas à vida por força do fim desta benesse, a partir de 30 de Abril.

Já sem esperança, eles consideram que o Governo angolano falhou na gestão deste assunto.

“Vejo o Governo desnorteado, sem saber o que fazer, é uma política pública fracassada, eles não sabem ouvir o povo, não conhecem o que assola o povo”, refere Tomásio, ao passo que o Chilombo considera que “provavelmente depois desta retirada vão aumentar os combustíveis, aí mesmo é que o povo vai passar mal”.

Há muito que o presidente da Associação dos Motoqueiros e Transportadores de Angola (Amotrang), Bento Rafael, vem falando em irregularidade no carregamento dos cartões e muita incompreensão.

Agora, descarta subida do preço, contrariamente ao que vai acontecer nos táxis.

Fim de subsídios da gasolina vai ter impacto nas famílias angolanas, dizem economistas

Em conversas com a Voz da América, o presidente da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (Anata), Domingos Paciente, assume que será doloroso para as famílias angolanas, mas avisa que a subida é incontornável

“Vamos informar isso nos próximos dias, numa conferência de imprensa, mas as coisas não vão ficar assim. Estamos a fazer encontros enquanto esperamos pelo sinal do Governo face às nossas propostas”, indica Paciente, acrescentando que “muitos não conseguiram cartões até agora, por isso mesmo estamos a pensar aquilo que será o reajustamento”.

Outros setores, sem os cartões

Os cartões que garantem a gasolina a 160 kwanzas também não chegaram à agricultura e à pesca artesanal, outros setores eleitos pelo Governo.

O produtor Albino Fernandes diz que associações e cooperativas até chegaram a questionar as autoridades, não nunca obtiveram respostas.

“Já vivemos essa situação de dificuldade, nunca recebemos e achamos que foi uma política que prejudicou a agricultura. E ninguém foi à televisão explicar”, indica Fernandes.

Aquele produtor lembra que “quando perguntávamos nos diziam que ´dissemos para aguardar, o senhor não deve estar preocupado´”.

Em 2022, ano anterior à aprovação da subvenção, os gastos do Estado com os subsídios aos combustíveis foram, conforme dados oficiais, de 3,8 mil milhões de dólares.

Quando a gasolina passou para 300 kwanzas, a ministra das Finanças, Vera Daves, afirmou ser necessário dinheiro para o Kwenda, o programa das transferências monetárias para o combate à pobreza.

C/VOA