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HomeOPINIÃOCULTO DA IGNORÂNCIA E A CELEBRAÇÃO DA MEDIOCRIDADE

CULTO DA IGNORÂNCIA E A CELEBRAÇÃO DA MEDIOCRIDADE

Há um tempo esta parte, tem-se notado, na sociedade angolana, um comportamento “anormal” das pessoas, pincipalmente a camada jovem. Comportamento este que muitas das vezes é estimulado pelos meios de comunicação social tendo como objectivo “estupidificar” a sociedade.

 

Entretanto, é preocupante a forma como as pessoas “cultuam a ignorância e celebram a mediocridade”. Parece que ser imbecil é normal. Algumas pessoas não se dão conta de que cada vez mais estão ficando estupidas, e que são dominadas e instrumentalizadas por aqueles que detêm o controle dos meios de comunicação social.

A mídia é o meio fundamental para a concretização de um “emburrecimento programado” assim como a escola. Ela cria factos para que as pessoas fiquem mais distraídas e se desviem dos reais assuntos da sociedade. Quer seja nos regimes democráticos, quer nos regimes não democráticos, há uma concentração dos meios de comunicação social, servindo como instrumento de propaganda política e controlo da opinião pública. Procuram, com este “controlo”, irracionalizar, instrumentalizar e dominar a opinião pública por meio da distração.

A “estratégia da distração” funciona como o elemento primordial do controle social. Ela “consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e económicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes”.

A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir que o público se interesse pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, presa a temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado; sem nenhum tempo para pensar.

 

A sociedade tem sido estimulada a ser complacente com a mediocridade. O público é levado a crer que é moda o facto de ser estúpido, vulgar e inculto. Comportam-se como um “rebanho desorientado”. Não se dão conta de que cada vez mais estão sendo mantidos na ignorância e na mediocridade. Fazendo com que sejam incapazes de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.

 

Portanto, é importante que a “juventude” tenha consciência de que muitos desses programas televisivos que procuram entreter a sociedade, os debates televisivos irrelevantes e os “factos criados” de pessoas consideradas famosas, têm como fim último a distração da sociedade, tornar o público mais pobre politicamente. A pobreza política que funciona como um processo que reprime o indivíduo impedindo-o de exercer a condição de sujeito de sua própria história, reduzindo-o a objeto de manobra de políticas manipulativas, reprimindo o acesso às vantagens sociais relevantes e a condição de sujeito capaz de comandar o seu próprio destino e de ter consciência critica da sua condição social.