No Gabão, para protestar contra os “atos de tortura” e o “sequestro” pelos quais ele e a sua família estão a pagar o preço, o antigo presidente gabonês Ali Bongo e os seus filhos iniciaram uma greve de fome.
Foram os seus advogados que revelaram a perigosa iniciativa empreendida pelo antigo presidente do Gabão. Os seus conselheiros também apresentaram uma queixa perante o tribunal judicial de Paris. Quanto ao governo gabonês, diz-se “surpreso” com este anúncio, afirmando que Ali Bongo é “tratado com dignidade” e recebe regularmente visitas de membros da sua família e dos seus médicos.
A presidência do Gabão declarou : “Ficamos surpresos ao saber, através da imprensa, que o ex-presidente Ali Bongo Ondimba decidiu iniciar uma greve de fome apesar de ser tratado com dignidade. Os médicos que o tratam estão à sua disposição, a sua mãe e outros membros da sua família visitam-no regularmente.”
E continua: “Há poucos dias, na sua residência, foi comemorado o aniversário de Pascaline Bongo Ondimba, sua irmã mais velha, na presença de vários familiares. Esta informação permite-nos portanto afirmar que os comentários dos advogados da família do Sr. Ali Bongo Ondimba não se baseiam em nada. Recordamos que o ex-presidente pode sair do território nacional quando lhe for conveniente”.
Antes de concluir que : “O Governo da República reserva-se, portanto, o direito de intentar acções judiciais contra os autores destas denúncias caluniosas e falsas, prejudicando a imagem do Gabão”.