Este ano, os trabalhadores angolanos não saem às ruas no dia 1º de Maio. A decisão é das três centrais sindicais e foi tomada em protesto contra a falta de resposta do Governo às reivindicações apresentadas pelos sindicatos.
Fonte: NJ
Oporta-voz das centrais sindicais, Teixeira Cândido, diz que a data servirá de reflexão, numa decisão unânime da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos- Central Sindical (UNTA-CS), Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) e a Força Sindical Angolana (FSA-CS).
As centrais sindicais terminaram esta terça-feira a segunda fase de uma greve geral interpolada (a primeira decorreu entre os dias 20 e 22 de Março). Está prevista outra paragem, esta de 11 dias, entre 3 e 14 de Junho.
As centrais sindicais começaram por exigir o aumento do salário mínimo dos actuais 32.000 kwanzas para 245.000 kwanzas, proposta que baixou entretanto para os 100.000 kwanzas, redução do Imposto sobre o Rendimento de Trabalho para 15% e um representante no conselho de administração do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), requisitos que dizem terem sido recusados pelas autoridades em seis rondas negociais.
As três centrais sindicais exigem, também, o reajuste do salário da Função Pública, na ordem dos 250 por cento, e a redução do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) em 10 por cento.
O Governo respondeu às reivindicações dos trabalhadores propondo um salário mínimo em função da dimensão da empresa: 48.000 kwanzas para as pequenas empresas, 70.000 kwanzas para médias empresas e 96.000 kwanzas para as grandes empresas, proposta recusada pelos sindicatos.