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Berta Rodrigues assume presidência da ASSEA e ambiciona crescimento do sector petrolífero angolano

O nova presidente da Associação de Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola, Berta Rodrigues Issa, considera que as estatísticas revelam uma disparidade preocupante, onde as empresas estrangeiras beneficiam de 98% das contratações, deixando apenas 2% para as empresas angolanas num total de contratação anual de USD 18.2 mil milhões de dólares.

A Associação de Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) anuncia a nomeação de Berta Rodrigues Issa como sua nova presidente, em substituição de Bo Dontoni, diretor-geral da AIS, Lda, que concluiu com sucesso dois mandatos de liderança à frente da associação.

Com mais de 18 anos de experiência como estrategista nos sectores financeiro e petrolífero, a nova líder da ASSSEA é graduada em finanças e detentora de um MBA em negócios internacionais.

A também empresária possui igualmente uma vasta experiência internacional, incluindo uma especialização em estratégia de comunicação pela Universidade de Nova Iorque. Sua trajectória profissional inclui posições de destaque na divisão downstream (Sonangol Logística) e no conselho de administração da empresa estatal Sonangol.

Entretanto, durante seu mandato, Berta Rodrigues Issa, contará como o suporte de dois vices presidentes: Paulo Maurício (Vepcom Lda) e Caetano Capitão (Ceog S.A).

Com esta equipa de profissionais, que apresenta uma larga experiência empresarial, a presidente pretende fortalecer a posição da ASSEA como um catalisador para o crescimento de um sector petrolífero mais competitivo, concentrando-se na implementação efectiva da legislação de conteúdo local (DP 271/20) e no aumento da participação das empresas nacionais no sector de 2% para 20%, reduzindo o actual êxodo financeiro.

Para a nova presidente Associação de Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola, Berta Rodrigues Issa, as estatísticas revelam uma disparidade preocupante, onde as empresas estrangeiras beneficiam de 98% das contratações, deixando apenas 2% para as empresas angolanas num total de contratação anual de USD 18.2 mil milhões de dólares.

“É imperativo superarmos obstáculos persistentes, como a não implementação da metodologia de medição do Conteúdo Local, a ausência de instrutivos no sector para permitir pagamentos em kwanza e moeda estrangeira, bem como prazos de pagamento desfavoráveis”, considera a responsável.

No quadro das suas ambições, Berta Issa buscará promover a diversidade, a inclusão e a sustentabilidade no sector energético, promovendo uma maior inserção de empresas lideradas por mulheres e incentivando estágios profissionais para mais de 150 jovens até ao final de 2024.

“Destes 2%, não há registos significativos de empresas angolanas lideradas por mulheres. Esta discrepância não representa apenas uma injustiça económica, mas também se configura como um obstáculo ao crescimento sustentável do país”, acrescentou Berta Rodrigues Issa, referindo que as empresas associadas da ASSEA devem servir como farol de esperança na criação de emprego para jovens quadros que procuram o seu primeiro emprego, garantindo, assim, um futuro próspero e sustentável para todos.

Sobre a ASSEA

Fundada em 2019, com mais de 80 empresas associadas, a Associação de Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola é uma plataforma de reflexão para empresários, profissionais e especialistas angolanos do sector petrolífero.

ASSEA tem como missão fundamental promover, fomentar e desenvolver o crescimento do Produto Nacional Bruto (PIB) através da implementação da legislação de Conteúdo Local e do engajamento activo das empresas nacionais no sector petrolífero como alavanca principal da diversificação da economia angolana e fortalecimento do empresariado nacional.