O gestor pela restruturação das Linhas Aéreas de Moçambique denuncia desvio de dinheiro na venda de bilhetes da companhia. Sérgio Matos revela que o dinheiro é desviado através das várias lojas de venda de bilhetes.
Para o Gestor das Linhas Aéreas de Moçambique, a companhia de bandeira nacional, a situação de desvio de fundos é grave e envolve funcionários.
Há três semanas iniciámos uma operação para saber onde é que está a ir o dinheiro. Está-se a vender mas a empresa não está a ter todo o dinheiro e nos últimos tres meses, das avaliações que estávamos fazendo, o diferencial que estávamos a ter situava-se entre 2 a 3 milhões de dólares.
Segundo Sérgio Matos, os pagamentos eram feitos nas máquinas dos terminais de pagamento automático, que não pertencem à companhia.
Vamos também trabalhar com os bancos para analisar POS por POS (ponto de pagamento, Point of Sale na sigla em inglês) qual é o relatório, qual é a informação que dá para podermos saber o que é está a acontecer. Antes mesmo de nós estarmos aqui, algumas lojas tinham POS que pertenciam a “bottles stores” (loja de bebidas alcóolicas) mas isso não foi no nosso tempo.
Em conferência de imprensa o gestor da LAM anunciou ainda a descoberta de funcionários que compraram casas com fundos da empresa assim como a existência de uma conta bancaria na República do Malawi com pouco mais de um milhão de dólares em nome da companhia.
Sérgio Matos admitiu a existência de uma dívida de 70 milhões de dólares que a LAM detém para com a gasolineira PETROMOC.