O antigo presidente do Sport Lisboa e Benfica, Luís Filipe Vieira, reagiu esta terça-feira, por meio de um comunicado enviado à agência Lusa, ao processo de inquérito instaurado pelo clube no dia 22 de junho. A investigação, relacionada com os acontecimentos ocorridos na Assembleia Geral de 27 de setembro de 2019, poderá culminar na expulsão de Vieira como sócio.
Vieira expressou “incredulidade e indignação” face à iniciativa da atual direção, considerando-a um “processo injusto e ilegal”, sobretudo pela distância temporal dos factos em causa. “Durante mais de cinco anos, ninguém me questionou ou responsabilizou por esses acontecimentos”, sublinhou.
Destacando os mais de 20 anos de liderança no clube, o ex-dirigente defendeu o seu legado, referindo que devolveu ao Benfica “a respeitabilidade financeira, institucional e desportiva”. Apontou ainda que essas conquistas estão novamente em causa devido a iniciativas como esta.
Vieira não poupou críticas à atual Direção, liderada por Rui Costa, insinuando que está a ser transformado em bode expiatório dos recentes fracassos do clube. “Não permitirei que o meu nome seja utilizado como desculpa para insucessos desportivos e perdas patrimoniais”, afirmou, responsabilizando a gestão atual pela situação do clube.
Num tom mais contundente, questionou a verdadeira motivação por trás do processo, classificando-o como “uma fuga para a frente” e um “ataque cobarde e manipulador”. Vieira garantiu ainda que irá lutar pela sua honra e pelo seu passado enquanto associado do Benfica, tendo solicitado reuniões com os principais órgãos sociais do clube para esclarecer os fundamentos e a legalidade da investigação.
A Direção do Benfica, por sua vez, confirmou estar a apurar os factos relacionados com a Assembleia Geral de 2019, remetendo para o final do ano qualquer conclusão oficial.
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